Atropelamento na Cisjordânia deixa 3 soldados israelenses feridos

  • Por Agencia EFE
  • 05/11/2014 20h18

Jerusalém, 5 nov (EFE).- Uma tentativa de atropelamento nesta quarta-feira perto da colônia de Gush Etzion, na Cisjordânia ocupada, deixou três soldados israelenses feridos, um deles gravemente, no que pode ser o segundo ataque deste tipo hoje e o terceiro em duas semanas.

Segundo um comunicado do Exército, um veículo de transporte que tinha placa palestina tentou intencionalmente atingir os três soldados israelenses na estrada 60 antes de fugir.

O exército levantou postos de controle e iniciou uma operação à procura do suspeito na zona de Gush Etzion, um bloco de colônias situado entre as localidades palestinas de Belém e Hebron.

Hoje ao meio-dia um palestino matou um guarda israelense de fronteira e deixou outros três gravemente feridos ao tentar atropelá-los perto de uma estação de bonde na rodovia que divide Jerusalém Oriental de Jerusalém Ocidental.

Testemunhas disseram à agência Efe o autor do atropelamento, de 47 anos e morador do campo de refugiados de Suafat (em Jerusalém Oriental), atropelou outras 10 pessoas antes de ser morto a tiros pela polícia israelense.

Em um ataque semelhante, duas pessoas – uma bebê judia de três meses e uma cidadã equatoriana que pretendia se converter ao judaísmo – morreram no último dia 22 atropeladas por um suicida palestino que atropelou os viajantes que esperavam em uma estação do bonde próxima a do incidente de hoje.

A ação foi aplaudida pelo movimento islamita Hamas e por outras facções palestinas, embora ninguém tenha formalmente reivindicado a autoria do ataque.

Os bairros árabes de Jerusalém são testemunhas de uma crescente tensão desde junho, quando ultranacionalistas judeus queimaram vivo um adolescente palestino para vingar o assassinato três semanas antes de três estudantes israelenses por ex-membros do Hamas na Cisjordânia ocupada.

Desde então, os ataques com pedras ao bonde se repetiram, assim como os de colonos e os enfrentamentos entre jovens palestinos e agentes israelenses.

Essa tensão disparou depois de um palestino atirar em Yehuda Glick, rabino ultranacionalista, e deixá-lo gravemente ferido.

Um tribunal israelense determinou que o corpo do palestino morto hoje no primeiro ataque, identificado como Ibrahim Al Akari, irmão de um ex-membro do Hamas, seja entregue à meia-noite para sua família e que o enterro só seja acompanhado por 35 pessoas para evitar incidentes. EFE

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