Audiência preliminar de líder da oposição venezuelana é adiada novamente

  • Por Agencia EFE
  • 04/06/2014 01h39

Caracas, 3 jun (EFE).- A audiência preliminar para determinar se o dirigente da oposição, Leopoldo López, será julgado pelos incidentes do dia 12 de fevereiro na Venezuela foi adiada até amanhã, quarta-feira, pelo segundo dia consecutivo, após uma nova sessão nesta terça-feira, informou a defesa do político.

“A audiência foi adiada para amanhã (quarta-feira) às 9h locais (10h30 de Brasília)”, informou à Agência Efe o advogado Bernardo Pulido, membro da equipe de defesa de López, momentos depois da decisão.

Pulido explicou que a juíza Adriana López recomendou, depois que audiência passou das 21h locais, a suspensão da mesma até amanhã, o que foi aceito por todas as partes.

O advogado esclareceu que este foi mais um longo dia de exposições e que as defesas de López e dos estudantes Cristian Holdack, Marco Coello, Damián Martín e Ángel González explanaram seus argumentos.

A audiência preliminar serve para determinar se as acusações contra López e os quatro estudantes são suficientes para que o processo passe para a fase de julgamento oral.

López é acusado pela Promotoria como autor intelectual de incêndio intencional, incitação pública de prática criminosa, danos e formação de quadrilha pelos incidentes violentos de 12 de fevereiro.

Naquele dia, duas manifestações – uma convocada por ele e outra por estudantes – realizaram um protesto pacífico pelo centro de Caracas. Porém, ao final das mobilizações, alguns mascarados atacaram o edifício da Promotoria e várias viaturas da polícia em distúrbios e enfrentamentos que deixaram três mortos e dezenas de feridos.

Esse incidente acabou funcionando como uma faísca para uma série de protestos contra o governo de Nicolás Maduro, que se repetiram no país ao longo de várias semanas e derivaram em incidentes violentos com um saldo de 42 mortos e centenas de feridos e detidos até o dia de hoje.

López está detido desde 18 de fevereiro em uma prisão militar nos arredores de Caracas, para onde foi levado após ter se entregado nesse mesmo dia às autoridades, depois que foi emitida uma ordem de captura contra ele. EFE

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