Austrália e Nova Zelândia se oferecem para receber mais refugiados sírios
Sydney (Austrália), 7 set (EFE).- Austrália e Nova Zelândia se ofereceram nesta segunda-feira (data local) para receber mais refugiados sírios em resposta à crise humanitária no Oriente Médio, embora com características diferentes no tipo de ajuda que estão dispostos a dar.
O primeiro-ministro neozelandês, John Key, se reunirá nesta segunda-feira com seu Gabinete para discutir um aumento nos próximos três anos da cota anual de apoio a refugiados, que atualmente é de 750 pessoas.
Em uma entrevista a rádio “New Zealand”, Key não detalhou o número exato, que será de “centenas” e afetará unicamente os refugiados sírios, mas que se prevê que seja similar à ajuda oferecida aos deslocados do Kosovo em 1999.
Na Austrália, o primeiro-ministro, Tony Abbott, anunciou “um enfoque equilibrado” na resposta, da qual dará mais detalhes nos próximos dias, e garantiu que seu país “responderá com a força e generosidade” que o caracteriza.
“Sempre fomos um país que responde de forma responsável e que se faz sentir globalmente”, disse Abbott, cujo ministro de Imigração, Peter Dutton, viajou para Genebra para abordar a crise com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.
O governo do conservador Abbott, que impulsiona uma ferrenha e polêmica política contra a imigração ilegal, quer receber mais refugiados sírios sem modificar a quota anual de seu programa de vistos humanitários.
O ajudante do escritório do Tesouro, Josh Frydenberg, sugeriu que seu país poderia oferecer somente ajuda temporária aos refugiados sírios, sem dar-lhes a oportunidade de solicitar um visto permanente, segundo o jornal “Sydney Morning Herald”.
Em 1999, a Austrália acolheu cerca de 4.000 kosovares em barracas militares em desuso, dos quais 3.500 retornaram a seu país e o resto iniciou uma longa batalha legal para ficar no país.
A Austrália acolheu a 13.750 refugiados no ano passado, dos quais 4.400 foram de Síria e Iraque, e se prevê que o número se eleve para 18.750 para o ano fiscal 2018-2019. EFE
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