Austrália investiga denúncia de abuso a 11 crianças em comunidade de ioga

  • Por Agencia EFE
  • 02/12/2014 03h51

Sydney (Austrália), 2 dez (EFE).- Uma comissão governamental da Austrália investiga as suspeitas de abuso sexual em ao menos 11 crianças por parte de um líder espiritual de uma comunidade de ioga, no estado de Nova Gales do Sul, entre as décadas de 1970 e 1980, segundo fontes jurídicas citadas nesta terça-feira pela imprensa local.

O suposto pedófilo, identificado como Swami Akhandananda Saraswati, levava as crianças que viviam nessa comunidade, situada em Mangrove Mountain, a mais de 80 quilômetros ao noroeste de Sydney, para uma cabana para que lhe fizessem massagem em sua cama, onde segundo os relatos, abusava dos menores, informou a emissora “ABC”.

Uma das vítimas relatou que Akhandananda afirmava que os abusos serviam para o crescimento espiritual dos menores.

A comissão, que investiga as respostas das instituições religiosas, sociais e estatais às denúncias de abusos sexuais a menores, se concentra nas denúncias contra o ex-líder espiritual, que já foi condenado por pedofilia no final de 1980, mas foi posto em liberdade 14 meses depois.

A advogada Peggy Dwyer, que assiste a comissão, explicou que nove supostas vítimas oferecerão seus depoimentos sobre os abusos físicos e sexuais cometidos por Akhandananda, enquanto outros dois entregarão uma declaração com seus relatos.

Segundo Peggy, “algumas das crianças foram obrigadas a acompanhar Akhandananda em suas viagens pela Austrália e, durante as noites, ele lhes dizia que dormissem em sua cama para realizar atos sexuais”.

Além disso, também há denúncias envolvendo uma mulher chamada Shishy, que dividia a cabana com o pedófilo, de também ter abusado fisicamente das crianças nessa comunidade, The Satyananda Yoga Ashram, que se autoproclama como o maior retiro espiritual deste tipo do hemisfério sul. EFE

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