Austrália pedirá resolução vinculativa da ONU sobre incidente com avião
Sydney (Austrália), 20 jul (EFE).- A ministra australiana das Relações Exteriores, Julie Bishop, pedirá ao Conselho de Segurança da ONU uma resolução vinculativa sobre a abertura de uma investigação independente acerca do avião abatido no leste da Ucrânia.
A Austrália considera insuficiente que a reivindicação desta investigação se limite a um comunicado de imprensa e exige ações firmes ao Conselho de Segurança, onde necessitará do apoio da Rússia.
“+Bishop) estará lá para liderar nosso trabalho na ONU, para expor nosso ponto de vista para que o mundo saiba a seriedade com a qual a Austrália trata este assunto”, disse o primeiro-ministro, Tony Abbott, em uma entrevista à emissora “ABC”.
Entre os 298 passageiros do avião havia 28 pessoas com passaporte australiano e oito pessoas mais com residência permanente no país oceânico.
As potências ocidentais do Conselho de Segurança denunciaram os supostos obstáculos que as milícias pró-russas põem à investigação na região baixo seu controle no leste da Ucrânia e reivindicaram acesso imediato e sem obstáculos ao lugar.
Os Estados Unidos apontaram para os rebeldes ucranianos como responsáveis pelo fato enquanto a Rússia culpou as autoridades de Kiev por permitir a aviões civis sobrevoar uma zona de conflito.
O primeiro-ministro australiano insistiu que “a Rússia não pode lavar as mãos de tudo isto” e voltou a exigir a Moscou que coopere para que possa ser feita uma investigação e para se recuperar os corpos das vítimas.
Abbott admitiu que ainda não falou com o presidente russo, Vladimir Putin, e que o ministro russo das Relações Exteriores até não aceitou falar por telefone com Bishop, que hoje viaja para os EUA para fazer pressão no Conselho de Segurança. EFE
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