Áustria propõe plano de até 5 bilhões de euros para refugiados sírios

  • Por Agencia EFE
  • 18/09/2015 18h41

Viena, 18 set (EFE).- O chefe do governo austríaco, Werner Faymann, propôs nesta sexta-feira um pacote de ajuda urgente de até 5 bilhões de euros para os campos de refugiados situados nos países vizinhos da Síria, país imerso em uma guerra que já dura mais de quatro anos.

A proposta, divulgada pela chancelaria austríaca, foi tratada em um encontro em Viena de líderes social-democratas do qual participou o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, o vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, o chefe do governo sueco, Stefan Löfven, e o presidente do parlamento europeu, Martin Schulz.

Após o encontro dos líderes social-democratas não foram realizadas declarações à imprensa.

Segundo a proposta de Faymann, essa soma – financiada pela União Europeia, Estados Unidos e os países árabes do Golfo Pérsico – seria destinada a melhorar as condições de alojamento, educação e atendimento médico dos deslocados pelo conflito em países como Jordânia, Líbano e Turquia.

Faymann fará essa proposta também na cúpula extraordinária de líderes dos países da UE da próxima quarta-feira.

“Se não conseguirmos organizar uma vida digna e pacífica nos campos de refugiados e ao mesmo tempo estabelecer pontos de acesso (para apresentar solicitações de asilo) nas fronteiras exteriores da UE, então Alemanha, Suécia e Áustria não poderão por si sós oferecer-lhes amparada”, garantiu o chefe do governo austríaco.

Faymann voltou a pedir “solidariedade” para conseguir uma repartição “justa” de refugiados entre todos os sócios comunitários e defendeu a ideia de estabelecer “pontos de acesso” da UE na Grécia, onde possam apresentar suas solicitações de asilo.

Horas antes o primeiro-ministro sueco considerou “inaceitável” que Alemanha, Áustria e Suécia, assim como outros poucos países, assumam “toda as responsabilidade” pela crise dos refugiados.

“Tendo a qualificar a crise dos refugiados como internacional, mas o que temos na Europa é uma crise de responsabilidade”, comentou Löfven em uma declaração escrita enviada à agência de notícias “APA”. EFE

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