Áustria restaura controle de fronteira perante chegada em massa de refugiados
Bruxelas/Viena, 14 set (EFE).- A ministra do Interior da Áustria, Johanna Mikl-Leitner, afirmou nesta segunda-feira que seu país irá reestabelecer em “poucas horas” e temporariamente os controles de fronteira, perante a enorme chegada de refugiados.
“Agradeço à Áustria por ter estar de acordo com a aprovação do plano de assistência do exército e por atuar em consonância com a Alemanha, para podermos começar os controles fronteiriços temporários”, disse ela ao chegar ao conselho de ministros de Interior da União Europeia (UE).
Johanna explicou que neste momento a Áustria está informando à Comissão Europeia (CE) de sua decisão de reintroduzir os controles, como fez a Alemanha, e destacou que os responsáveis austríacos estão estudando todos os detalhes para dar início à medida.
“Sim, vamos agir como a Alemanha. O Espaço de Schengen permite controle de fronteira temporário e é isso o que vamos fazer”, indicou a titular austríaca.
A ministra não quis revelar se os monitoramentos serão feitos em apenas um ou vários pontos com outros países, mas confirmou que começarão “diretamente na fronteira com a Hungria”. Ela não disse quanto tempo irá durar a medida temporária e adiantou somente te que se trata de fazer os controles “nos próximos dias”.
Segundo explicou, hoje conversará com o ministro do Interior húngaro, János Lázár, já que é a partir da fronteira com a Hungria que chegam “milhares” de refugiados à Áustria, que neste momento estão em 18 mil.
A titular indicou que a iniciativa da Alemanha de suspender a Convenção de Dublin e passar a acolher todos os refugiados sírios perante o transbordamento da Grécia e da Itália deu “esperança” aos imigrantes.
A ministra disse que espera que na reunião de hoje em Bruxelas surja um “forte sinal político” sobre de divisão de refugiados, porque uma decisão só acontecerá em outubro. Contudo, ela defendeu que acredita que todos os países já compreenderam que “só há duas alternativas: o fracasso da Europa ou a união da Europa” perante este desafio.
De acordo com Johanna, a Áustria apoia os planos da Comissão Europeia, mas um futuro mecanismo permanente pede que se tenha em conta não apenas o número de pessoas que cruzem as fronteiras, mas as demandas de asilo e os custos associados. EFE
cai/cdr
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