Autor de ataque a embaixador é investigado por viagens à Coreia do Norte
Seul, 6 mar (EFE).- A polícia da Coreia do Sul anunciou nesta sexta-feira que está investigando se o ataque com faca contra o embaixador dos Estados Unidos em Seul, Mark Lippert, tem relação com as viagens que o suposto agressor, Kim Ki-jong, fez à Coreia do Norte na última década.
Kim, de 55 anos, viajou para a Coreia do Norte sete vezes em 2006 e 2007. Além disso, em dezembro de 2011, tentou erguer um monumento ao falecido ditador norte-coreano Kim Jong-il em Seul, por isso “estamos buscando a correlação entre esses fatos e o incidente”, explicou a polícia em comunicado.
As autoridades policiais também averiguam “o contexto deste incidente na Coreia do Sul e no exterior”, no que se considera uma referência à vizinha Coreia do Norte.
O suspeito, um ativista radical líder de um grupo ultranacionalista, era aparentemente simpatizante do regime norte-coreano, mas as autoridades praticamente descartaram o envolvimento de Pyongyang no ataque, que é atribuído à ação isolada de um fanático que também tentou agredir o embaixador do Japão há cinco anos.
A polícia solicitou hoje uma ordem de detenção contra o agressor pelas acusações de tentativa de homicídio, ataque a um enviado estrangeiro e interferência ilícita.
Além disso, também poderia pesar sobre ele a acusação de violar a Lei de Segurança Nacional, que proíbe os contatos, sem autorização, com a Coreia do Norte e a apologia ao regime de Kim Jong-un.
As autoridades policiais iniciaram hoje buscas na casa e no escritório do suspeito, que ontem esfaqueou o embaixador Lippert durante um café da manhã em pleno centro de Seul.
O agressor, que provocou ferimentos na mão e um profundo corte de 11 centímetros no rosto do embaixador, gritou palavras de ordem, após o ataque, contra os exercícios militares conjuntos que a Coreia do Sul e os EUA realizam nestes dias em território sul-coreano. EFE
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