Autor de ataque em cinema dos EUA em 2012 é condenado a 3.318 anos de prisão

  • Por Agencia EFE
  • 26/08/2015 18h58
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Washington, 26 ago (EFE).- James Holmes, considerado culpado por matar 12 pessoas em um cinema de Aurora (Colorado, EUA) em 2012, foi condenado por um juiz nesta quarta-feira a 3.318 anos de prisão.

No início de agosto, um júri tinha pedido a prisão perpétua do atirador, formalizada hoje pelo magistrado. Holmes, que também feriu 70 pessoas na ação, escutou a sentença de pé e apresentando aparente calma no tribunal do condado de Arapahoe, em Centennial (Colorado).

“É a decisão desta corte que o acusado nunca volte a pôr um pé na sociedade”, destacou o juiz Carlos Samour Jr., após formalizar a decisão do júri, que decidiu condenar Holmes, que agora tem 27 anos, a prisão perpétua em vez de determinar a pena de morte, como pedia a promotoria.

“Se há algum caso que mereça pena capital é esse. O acusado não merece nenhum tipo de simpatia”, considerou o juiz, pedindo na sequência que o condenado fosse tirado da sala.

Com a sessão de hoje, se encerra um dos julgamentos mais longos da história dos Estados Unidos, já que a escolha dos 12 membros do júri encarregados sobre decidir a culpa e a pena de Holmes.

Há três anos, Holmes lançou gás lacrimogêneo em uma sala de cinema da Aurora que exibia o filme “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, e depois abriu fogo contra os presentes, causando a morte de 12 pessoas e ferindo outras 70.

O homem, que então tinha 24 anos, foi detido nos arredores do local pela polícia, se identificando como “Coringa”, um dos inimigos de Batman no longa-metragem.

Imitando um clássico nas histórias em quadrinhos de Batman, Holmes transformou seu apartamento em uma armadilha mortal para matar quem tentasse entrar no local através de uma série de cabos, detonadores e material explosivo. As equipes antibomba demoraram mais de 24 horas para desativar o sistema montado pelo atirador.

No último dia 16 de julho, Holmes foi declarado culpado de 165 acusações, 24 delas por homicídio em primeiro grau, após 11 semanas de julgamentos, depoimentos de 250 testemunhas, e exibição de 1.500 fotografias e 24 horas de vídeo.

O julgamento de hoje era a última oportunidade que o jovem tinha para oferecer sua própria versão dos fatos e se defender do crime que admitiu ter cometido, mas preferiu se declarar inocente pela doença mental que ele sofre.

O ataque reacendeu o debate sobre o controle e venda de armas nos Estados Unidos, impulsionando mudanças nas leis no estado do Colorado, que após o massacre aprovou mais restrições para supervisionar os antecedentes dos compradores e restringir o número de munições dos carregadores. EFE

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