Autoridades dos EUA abrem investigação contra Herbalife
Washington, 12 mar (EFE).- A Comissão Federal de Comércio (FTC, sigla em Inglês) abriu uma investigação contra a multinacional Herbalife, em que acusa a empresa de esconder, na realidade, um sistema ilegal de pirâmide para seu financiamento.
“A Herbalife dá as boas-vindas à investigação dada a tremenda quantidade de desinformação existente no mercado, e cooperará totalmente com a FTC”, assegurou a companhia de suplementos nutritivos em comunicado.
A cotação das ações da empresa se manteve por meia hora ao ficar conhecida a investigação por parte da agência federal, e, uma vez reatados os títulos, a Herbalife fechou o pregão com queda de 7,36%.
As queixas, expostas perante a FTC, foram colocadas há mais de um ano pelo multimilionário William Ackerman, fundador dos fundo de investimento Pershing Square Capital Management, que acusa diretamente a Herbalife de empregar um sistema ilegal de caráter piramidal para obter sua renda.
O janeiro, o senador de Massachusetts Edward Markey enviou uma carta à Comissão de Valores e à FTC para que se examinassem as práticas empresariais da companhia.
No mês passado, a coalizão hispana LULAC e outros grupos defensores das minorias também pediram às autoridades federais e ao Congresso para analisar as operações da Herbalife e a acusaram de práticas “fraudulentas” que afetam às minorias.
Até agora, e apoiada por alguns investidores, como George Soros e Carl Icahn, a Herbalife sempre rejeitou as acusações.
“Estamos confiantes que a Herbalife cumpre todas as leis e regulações aplicáveis”, acrescentou no comunicado a empresa.
A Herbalife se dedica à comercialização de suplementos para a nutrição e a perda de peso através de uma rede de distribuidores independentes que se baseiam no slogan “Quer perder peso? Pergunte-me como”.
Em 2013, a empresa registrou US$ 4,8 bilhões em vendas, acima dos US$ 4,1 bilhões registrados em 2012. EFE
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