Autoridades iraquianas exumam 613 corpos de 13 valas comuns em Saladino

  • Por Agencia EFE
  • 10/06/2015 15h26
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Bagdá, 10 jun (EFE).- As autoridades do Iraque exumaram 613 corpos em 13 valas comuns na província de Saladino, onde o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) cometeu execuções sumárias, informou o ministro iraquiano de Direitos Humanos, Mohammed al Bayati, nesta quarta-feira.

Em entrevista coletiva em Bagdá, o ministro mencionou as violações praticadas pelos extremistas em algumas províncias dominadas pelo grupo durante o último ano, e que vão de sequestros assassinatos.

Bayati detalhou que os jihadistas assassinaram 547 presos xiitas na prisão de Badush, localizada a 15 quilômetros de Mossul, e outros 1.700 membros e recrutas do acampamento das Forças Áreas na base militar de Spiker.

Das treze valas comuns, dez foram localizadas no acampamento militar, e 597 corpos foram exumados. Todos eles foram levados ao instituto médico legal para determinar as identidades das vítimas.

Em 12 de junho de 2014, um dia depois de o EI tomar Tikrit, os jihadistas afirmaram ter assassinado 1.700 “membros xiitas do Exército”, e publicaram vídeos de centenas de homens capturados que teriam se rendido na base militar Spiker.

Bayati ainda acusou o EI de matar centenas de membros de tribos e civis cristãos, turcomanos, da minoria étnica shabak, e yazidíes que lutavam contra o grupo jihadista.

Além disso, advertiu que o EI continua a cometer violações contra grupos vulneráveis, entre eles crianças, idosos e pessoas incapacitadas.

Como exemplo, o ministro citou o sequestro de 900 mulheres yazidíes, a maioria vendida em mercados de escravas em Ninawa, no norte do Iraque, e outras províncias na Síria.

Outras mulheres foram obrigadas a se casar com os jihadistas.

Bayati denunciou também o recrutamento de crianças para os combates e para serem usadas como escudos humanos.

Seu ministério documentou a destruição total de 42 igrejas e 25 templos yazidíes, além de um grande número de mesquitas e santuários de profetas e santos.

A publicação destes dados coincide com o primeiro aniversário da tomada de Mossul, a segunda cidade do Iraque, pelos jihadistas.

Com estes números, as autoridades iraquianas buscam documentar os crimes do EI no país para enviar esses relatórios ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. EFE

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