Autoridades marroquinas são processadas na Espanha por genocídio no Saara

  • Por Agencia EFE
  • 09/04/2015 11h53

Madri, 9 abr (EFE).- O juiz espanhol Pablo Ruz processou 11 altos funcionários, militares e policiais marroquinos por crime de genocídio no Saara Ocidental, entre 1975 e 1992, e em alguns casos também por prisão ilegal, torturas, assassinato e desaparecimento forçado.

Para tomar a decisão, o juiz se baseou nas declarações de 19 vítimas diretas que permitem “corroborar a veracidade” dos delitos denunciados, apoiadas em muitas ocasiões por “documentos da época ou fotografias das lesões sofridas como consequência das torturas”.

Ruz afirmou nos autos do processo que os fatos que levaram a abertura do caso foram a “descoberta de uma vala comum, em fevereiro de 2013, em Amgala (Saara Ocidental), com oito corpos identificados pelo DNA, assim como a documentação que tinham entre suas roupas”.

Além disso, o juiz citou testemunhas dos crimes e depoimentos dos familiares das vítimas. O juiz pediu ainda a busca, captura e extradição de outras sete pessoas que tiveram participação nos crimes. EFE

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