Autoridades sanitárias investigam envio acidental de antraz a laboratórios

  • Por Agencia EFE
  • 30/05/2015 00h24
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Atlanta (EUA), 29 mai (EFE).- Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês) dos Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira que estão investigando o envio acidental pelo Departamento de Defesa de amostras de bactéria viva de antraz a vários laboratórios do país e do exterior.

Os CDC indicaram que, apesar de não acreditarem que tenha havido risco de contaminação para o público em geral, iniciaram a investigação após uma consulta técnica de um laboratório comercial privado.

Na quarta-feira passada, o Pentágono reconheceu que entre março de 2014 e março de 2015 foram enviadas “inadvertidamente” amostras para nove estados e para a Coreia do Sul.

No entanto, as autoridades do Departamento de Defesa afirmaram hoje que detectaram envios adicionais dessas amostras, que deviam conter antraz morto ou inativo, e estimam que, no total, foram enviadas para 24 laboratórios em 11 estados e dois países estrangeiros (Austrália e Coreia do Sul).

“Durante nossa análise inicial de como as amostras de antraz vivo foram enviadas de forma despercebida para alguns laboratórios, o Departamento (de Defesa) identificou nove laboratórios, cinco a mais que em nosso anúncio inicial, que inclui mais um estado e um país adicional (Austrália)”, declarou o coronel do Departamento de Defesa, Steven Warren.

As amostras enviadas deveriam estar inativas antes de seu envio, mas o laboratório reportou que foi possível cultivar a bactéria Bacillus anthracis “viva”, de acordo com os CDC.

O laboratório privado faz parte de uma iniciativa do Departamento de Defesa para desenvolver um novo tipo de exame de diagnóstico para identificar ameaças biológicas.

Os CDC estão trabalhando em conjunto com o Departamento de Defesa, agências federais e estaduais, além dos laboratórios que receberam as amostras de antraz, para revisar o procedimento utilizado durante o envio dessas amostras.

Os CDC confirmaram que técnicos foram enviados aos laboratórios afetados para determinar o alcance do incidente e verificar que o envio futuro de novas amostras ocorrerá de forma segura.

Ontem, as Forças dos EUA na Coreia do Sul (USFK, sigla em inglês) confirmaram a destruição da amostra de antraz que o Pentágono enviou acidentalmente para uma de suas bases no país asiático.

Em 2014 aconteceu um episódio similar, depois que os CDC enviaram amostras “vivas” de antraz, o que resultou no fechamento de dois laboratórios. EFE

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