Autoridades suíças autorizam teste com 2ª vacina experimental contra o ebola

  • Por Agencia EFE
  • 06/11/2014 13h59
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Genebra, 6 nov (EFE).- A agência pública suíça que regula os novos fármacos, Swissmedic, autorizou o teste clínico de uma segunda vacina experimental para o ebola no Hospital Cantonal de Genebra, informou nesta quinta-feira seu diretor-geral, Bertrand Levrat.

Trata-se da vacina VSV-ZEBOV, desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá e cujo direito de patente está nas mãos, atualmente, de um laboratório dos Estados Unidos, explicou Levrat durante uma entrevista coletiva.

A Swissmedic autorizou na semana passada na Suíça o primeiro teste clínico da outra vacina, chade3-ZEBOV, da farmacêutica GlaxoSmithKline, no Hospital Universitário de Lausanne.

De acordo com os planos, é possível que nos testes em Genebra participem 115 voluntários, enquanto 120 estão previstos para os que já começaram em Lausanne.

A diretora adjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS), Marie-Paule Kieny, aplaudiu o início dos testes em Genebra, onde a instituição tem sua sede mundial, e disse que ela mesma própria se apresentou como voluntária para receber a vacina.

Foi informado que os resultados preliminares podem ser revalados perto do dia 20 de dezembro, embora isto dependa do fato de haver o total de voluntários necessários, o que por enquanto não parece ser um problema.

Os responsáveis do Hospital de Genebra indicaram que, em três dias, 231 pessoas preencheram o formulário para se apresentar como voluntário, o que foi interpretado como “um grande gesto de solidariedade e uma mostra de confiança” frente à maneira de como será realizado este teste.

No dia 10, será aplicada a vacina no primeiro voluntário e durante a semana, serão vacinadas, excepcionalmente, apenas quatro pessoas para assegurar que tudo transcorre bem, enquanto a partir de 17 de novembro o ritmo passará a 15 pessoas por semana.

O Hospital de Genebra, que colocará à disposição deste teste pelo menos meia centena de colaboradores, entrará em contato nos próximos dias com os candidatos para estabelecer se reúnem as condições para participar do experimento.

Os requisito é que sejam adultos entre 18 e 65 anos, que deem seu consentimento por escrito, que estejam sãos e, no caso das mulheres, que não estejam grávidas e nem sejam lactantes.

A chefe do centro de vacinas do Hospital de Genebra e responsável do teste, Claire-Anne Siegrist, assegurou que todos os critérios que foram estabelecidos garantem sua “qualidade irretocável”, e precisou que o financiamento não provém de uma farmacêutica, mas de uma fundação britânica que tem por missão promover a saúde pública no mundo.

Siegrist disse que não existe “absolutamente nenhum risco” de um voluntário ser infectado com o vírus do ebola porque a vacina não o contém.

O teste será organizado em dois grupos e um certo número de participantes receberão um placebo para descartar os “falsos efeitos secundários”, como poderia ser uma dor de cabeça, explicou a cientista.

Cada voluntário receberá uma dose única no braço e o procedimento será feito com um acompanhamento muito estrito, assim como provas para determinar se seu organismo fabrica anticorpos e como tolera a vacina. EFE

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