Azambuja é acusado de vínculo com suposto mentor de assassinato de jornalista

  • Por Agencia EFE
  • 17/12/2014 16h47
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(Corrige matéria de ontem que tinha informações incorretas sobre o caso)

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Assunção, 16 dez (EFE).- Uma Comissão do Congresso do Paraguai vinculou nesta terça-feira o governador eleito do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, com Vilmar Acosta, considerado o mentor do assassinato do jornalista Pablo Medina e de sua assistente, Antonia Almada, ocorrido há dois meses.

A suposta relação foi revelada pelo senador Arnoldo Wiens, membro da Comissão parlamentar bicameral que investiga o assassinato de Medina, correspondente do jornal “ABC Color” e conhecido por seus trabalhos sobre o narcotráfico no departamento (estado) de Canindeyú, que fica na fronteira com o Brasil pelo Mato Grosso do Sul.

Wiens afirmou que Azambuja tinha “muita amizade” com Vilmar Acosta, que está foragido desde a morte de Medina e é, além disso, acusado de produção, armazenamento e tráfico de maconha.

Conforme um comunicado do Senado, ele acrescentou que não existem dúvidas das conexões existentes entre o “clã Acosta” e políticos muito importantes do Brasil.

O parlamentar se referiu a dados e informações obtidas na região do assassinato de Medina e Almada, além dos proporcionados pelo Ministério Público e as declarações de Arnaldo Cabrera, motorista de Vilmar Acosta, que é o único detido pelo crime até o momento.

Reinaldo Azambuja, do PSDB, assumirá o cargo de governador do Mato Grosso do Sul em 1º de janeiro. Já Vilmar Acosta, até sua fuga, era o prefeito da cidade de Ypejhú, no departamento de Canindeyú, pelo Partido Colorado. Os supostos autores materiais do crime, seu irmão Wilson e seu sobrinho Flavio Acosta, também estão foragidos.

Nesta terça-feira se completam dois meses dos assassinatos de Pablo Medina e Antonia Almada, ocorridos em 16 de outubro em Canindeyú.

O Paraguai é o maior produtor de maconha da América do Sul, e o Brasil o principal destinatário dessa droga.

As mortes de Medina e Almada provocaram um grande debate no Paraguai sobre as supostas ligações entre narcotraficantes e políticos, colocadas em evidência em um relatório da Secretária Nacional Antidrogas revelado pelo Congresso. EFE

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