Bachelet determina medidas de emergência por causa de falha em massa no metrô

  • Por Agencia EFE
  • 14/11/2014 19h18
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Santiago do Chile, 14 nov (EFE).- A presidente do Chile Michelle Bachelet determinou nesta sexta-feira junto com as autoridades do transporte público medidas de urgência após a maciça falha no metrô que provocou o caos em Santiago durante o horário de pico.

O ministro dos Transportes, Andrés Gómez-Lobo, informou que a presidente orientou ele e o presidente do Metrô, Aldo González, a reforçar todas as equipes técnicas para superar os problemas na rede elétrica que afetaram a maioria das linhas do trem urbano.

O metrô deve entregar na próxima segunda-feira um relatório completo, “sobre as causas desta falha e o que é necessário fazer para que ela não volte a ocorrer, assim como também começar uma revisão completa da rede elétrica do metrô para evitar possíveis problemas que possam causar incidentes como este”.

O problema começou às 6h46 (local, 7h46 em Brasília), em plena hora do rush matutino, quando o metrô informou que as linhas 1,2 e 5 estavam fechadas por causa de um problema elétrico.

O gerente de Operações do metrô, Rodrigo Terrazas, disse que o problema foi causado por “uma pequena explosão” nos cabos de alimentação de 20 mil volts da rede pneumática na estação Moneda.

Os passageiros que estavam nas estações foram evacuados, o que provocou grandes aglomerações nas estações do Transantiago, o sistema de transporte de superfície da capital chilena.

O caos durou praticamente todo o dia, já que os ônibus não dera conta de atender a todos os passageiros que habitualmente usam a rede de metrô.

Gómez-Lobo informou que Bachelet pediu o reforço de todos os serviços de superfície, e mais de 300 ônibus extras foram colocados nas vias mais afetadas pelo corte.

O ministro reconheceu a gravidade da situação e o mal-estar das pessoas que ficaram nas ruas da cidade tentando se movimentar a pé ou nos ônibus lotados, em meio a um trânsito completamente congestionado.

“Essa não é uma situação normal e gostaria de pedir desculpas aos usuários e dizer que estamos fazendo todo o possível para superar este problema”, afirmou.

O problema desta sexta-feira foi o mais grave do metrô de Santiago, eixo estrutural do transporte da capital, de 6,2 milhões de habitantes.

O serviço foi parcialmente retomado em algumas estações, mas nas linhas e lances principais permanecerá interrompido até a manhã de sábado, informou a empresa.

“Não sabemos com completa certeza a causa exata da falha, mas é um curto-circuito. Pode ter diversas origens e neste momento estamos preocupados, principalmente, em substituir os cabos queimados e depois investigaremos a origem disto”, explicou Aldo González.

Apesar das medidas de contingência um novo caos se formou no fim da tarde, na hora da volta para casa.

As autoridades pediram ao longo do dia que as empresas permitissem aos funcionários saírem antes do horário para tentar diminuir o congestionamento. Os funcionários públicos encerraram o expediente às 14h. EFE

pm/cd

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