Balanço final de atentado em mercado da Nigéria é de 56 mortos e 54 feridos

  • Por Agencia EFE
  • 02/07/2014 09h14

Lagos, 2 jul (EFE).- O número final de vítimas do atentado perpetrado ontem em um mercado popular da cidade nigeriana de Maiduguri é de 56 mortos, informaram nesta quarta-feira à Agência Efe fontes de um grupo civil de vigilância que participou dos trabalhos de resgate.

A bomba, colocada em uma caminhonete usada no transporte de carvão, explodiu no começo da manhã no chamado “mercado da terça-feira” de Maiduguri, capital do estado nortista de Borno.

As primeiras informações oficiais falavam em 10 vítimas e cerca de 30 feridos, embora esse número tenha sido atualizado inúmeras vezes depois.

Desta forma, o responsável do grupo de vigilância conhecido como “Força Civil de Ação Conjunta”, que frequentemente colabora com o Exército nigeriano em sua luta contra o grupo terrorista Boko Haram, assegurou à Efe que o balanço final é de 56 mortos e 54 feridos.

Até o momento, o ataque ainda não foi reivindicado por nenhum grupo terrorista, mas o Exército suspeita do Boko Haram, que teria sido responsável por outros três atentados com bomba cometidos nos três últimos meses na capital do país, Abuja.

O mais recente aconteceu na última quarta-feira, quando o condutor de uma motocicleta lançou um explosivo na entrada de um dos mais movimentados shoppings da cidade e matou 21 pessoas.

Os outros dois ocorreram no dia 14 de abril (71 pessoas mortas por uma bomba em um terminal de ônibus) e no dia 2 de maio (19 mortos por outro explosivo nas imediações do mesmo terminal).

A Nigéria, especialmente em seus estados do norte, está sendo duramente atacada pelo grupo terrorista nos últimos meses, com registro de ações violentas praticamente todos os dias.

O grupo terrorista, que também mantém mais de 200 meninas sequestradas desde abril, assassinou 12 mil pessoas e feriu outras 8 mil nos últimos cinco anos, segundo as autoridades nigerianas.

O Boko Haram, que significa “educação não islâmica é pecado” em línguas locais, luta para impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul. EFE

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