Ban diz que é hora de pensar em uma mulher como secretária-geral da ONU

  • Por Agencia EFE
  • 16/09/2015 22h21

Nações Unidas, 16 set (EFE).- O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou nesta quarta-feira que é o momento de os países da organização considerem uma mulher para sucedê-lo no cargo ao término de seu mandato, no final do ano que vem.

“Acho que já é hora que os Estados-membros discutirem e considerarem esta aspiração que tem muita gente”, disse Ban em referência aos repetidos pedidos para que seja um representante do sexo feminino a responsável por liderar as Nações Unidas.

O diplomata coreano lembrou que os oito secretários gerais que a ONU teve foram homens e defendeu que há muitas mulheres “qualificadas, com experiência e comprometidas” que poderiam desempenhar essa função. Em todo caso, Ban disse que se trata de uma decisão que corresponde exclusivamente aos Estados-membros.

A ideia de que uma mulher dirija as Nações Unidas já foi colocada em processos de seleção anteriores, mas ganhou força nos últimos meses. Países como a Colômbia impulsionaram campanhas para que Ban seja sucedido por uma secretária-geral e vários meios de comunicação também defenderam essa ideia, entre eles “The New York Times” em um editorial publicado em agosto.

A priori, segundo a tradicional rotação por regiões, Ban Ki-moon deveria ser sucedido por uma figura procedente de algum país do leste europeu, por isso soa com força como o nome de Irina Bokova, ex-ministra das Relações Exteriores da Bulgária e atual diretora geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O processo de seleção do próximo secretário-geral promete ser mais transparente do que nunca, já que na semana passada a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução na qual estabelece que os candidatos poderão ser entrevistados pela entidade.

No passado, o processo era habitualmente determinado por discussões a portas fechadas entre os membros do Conselho de Segurança, que, quando entravam em acordo, informavam o nome do candidato à Assembleia Geral para sua aprovação. EFE

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