Ban exige união para acabar com guerra na Síria e conter jihadistas
Nações Unidas, 28 set (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira à comunidade internacional que alcance compromissos para deter a guerra na Síria e se una para conter grupos jihadistas como o Estado Islâmico (EI).
“Cinco países em particular têm a solução: a Federação Russa, Estados Unidos, Arábia Saudita, Irã e Turquia. Mas enquanto uma parte não tiver compromissos com a outra, é inútil esperar uma mudança no terreno”, disse Ban em discurso perante os líderes internacionais.
O chefe da ONU garantiu que a “paralisia diplomática” do Conselho de Segurança e de outros órgãos permitiu que a crise não tivesse controle e lembrou que a luta no país está alimentada em parte por “poderes e rivalidades regionais”.
“A responsabilidade de acabar com o conflito é dos grupos sírios em primeiro lugar. São eles que estão deixando o país em ruínas, mas não se pode olhar só para a Síria em busca de uma solução”, disse Ban.
O secretário-geral disse que a ONU está fazendo todo o possível para tentar acercar um acordo diplomático e considerou que “agora é o momento que outros, principalmente o Conselho de Segurança e atores regionais chave, deem um passo à frente”.
A situação na Síria deve centrar boa parte dos discursos nos debates da Assembleia Geral da ONU e em paralelo serão realizados encontros chave sobre o conflito, como o que hoje manterão os presidentes de EUA, Barack Obama, e Rússia, Vladimir Putin.
Apesar de mantêm posturas diferentes, ambas potências estão trabalhando no terreno para combater o Estado Islâmico.
Segundo Ban, tanto o EI como Boko Haram e o Al Shabab seguem sendo “ameaças principais”, por isso que considerou que “o mundo deve se unir contra a desavergonhada brutalidade destes grupos”.
O chefe da ONU se referiu também à guerra no Iêmen e destacou especialmente os devastadores efeitos que estão tendo os bombardeios da coalizão liderada pela Arábia Saudita.
“Todas as partes estão mostrando desprezo pela vida humana, mas a maior parte das baixas está sendo causada pelos ataques aéreos”, disse Ban, que demandou o fim desses ataques que também “destroem as cidades, as infraestruturas e o patrimônio do Iêmen”. EFE
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