Ban investe contra Assad e diz que futuro da Síria não pode depender dele
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, denunciou, nesta terça-feira, 20, diante dos líderes mundiais reunidos para a Assembleia Geral da organização, os massacres do regime sírio e defendeu que o futuro do país não pode depender unicamente do destino de seu presidente, Bashar al Assad.
“Muitos grupos mataram muitos inocentes, mas nenhum mais que o governo da Síria, que segue lançando barris com explosivos em bairros e que tortura sistematicamente milhares de detidos”, disse Ban na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas.
O diplomata sul-coreano defendeu que é necessária uma “transição política” e que, após tanta violência e má gestão, “o futuro da Síria não deve depender do destino de um único homem”.
Ban insistiu que “não há solução militar” para a situação na Síria e criticou os países que “seguem alimentando a maquinaria de guerra”, ao afirmar que eles também têm “sangue em suas mãos”.
“Hoje, nesta sala, há representantes de governos que ignoraram, facilitaram, financiaram, participaram e, inclusive, planejaram e executaram atrocidades infligidas por todas as partes do conflito sírio contra civis”, denunciou o secretário-geral da ONU.
“A exigência de responsabilidades por estes crimes é fundamental”, acrescentou Ban.
Mais uma vez, o secretário-geral das Nações Unidas convocou todos os atores com influência a encerrarem os combates e fazer com que sejam retomadas as negociações.
O conflito sírio é um dos assuntos-chave das reuniões que os líderes de todo o mundo mantêm esta semana em Nova York e chega num momento especialmente delicado, após a ruptura da última trégua e o bombardeio desta segunda-feira contra um comboio humanitário.
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