Ban Ki-moon condena ataque a escola e confirma morte de equipe da ONU
Nações Unidas, 24 jul (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se declarou nesta quinta-feira “horrorizado” com o ataque que atingiu uma escola de Gaza administrada pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) e confirmou que entre as vítimas há funcionários dessa agência.
O ataque à escola, na área de Beit Hanoun, no norte de Gaza, deixou pelo menos 17 mortos e mais de 200 feridos. No local, mais de 1.500 pessoas encontraram refúgio, segundo informaram testemunhas.
“Estou horrorizado com as notícias de um ataque a uma escola de UNRWA, em Gaza do norte, onde centenas de pessoas haviam se refugiado”, afirmou Ban em comunicado datado no Iraque, onde se encontra de visita, e que foi distribuído por seu escritório de imprensa.
Ban acrescentou que pelo ataque “morreram muitos, incluindo mulheres e crianças, e também funcionários da ONU”, sem detalhar números.
O secretário-geral da ONU não apontou responsabilidades diretas pelo ataque e assinalou que as circunstâncias “ainda não são claras”.
Testemunhas em Gaza disseram que os projéteis que caíram na escola da UNRWA procediam de Israel, enquanto o exército do país assegurou que os foguetes foram lançados pelo movimento islamita Hamas.
Em seu comunicado, Ban lembrou que veio pedindo a Israel que utilize um “cuidado especial” para evitar qualquer ataque às instalações da ONU de Gaza às quais estão chegando refugiados, enquanto condenou o Hamas pelo lançamento de foguetes.
“Mais de 100 mil habitantes de Gaza, 5% da população total, buscaram refúgio em instalações de UNRWA”, lembrou o secretário-geral da ONU.
“Novamente insisto que todas as partes devem cumprir com suas obrigações sob as leis humanitárias internacionais para respeitar a grande importância da vida humana, a inviolabilidade das instalações da ONU e suas obrigações com os trabalhadores humanitários”, acrescentou.
“O ataque de hoje – afirmou Ban – ressalta a necessidade imprescindível de parar esse massacre, e pará-lo já”. EFE
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