Ban Ki-moon defende sua presença em desfile militar chinês

  • Por Agencia EFE
  • 29/08/2015 08h38

Pequim, 29 ago (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, defendeu neste sábado sua presença no desfile militar chinês que lembrará o 70º aniversário do final da Segunda Guerra Mundial, que não foi bem recebida no Japão.

Ban se unirá a 30 líderes internacionais, como o presidente russo, Vladimir Putin, e a sul-coreana, Park Geun-hie, no grande desfile da próxima quinta-feira, 3 de setembro, organizado pelas autoridades chinesas.

“A contribuição e o sacrifício da China durante a Segunda Guerra Mundial são muito reconhecidas e apreciadas por todo o sofrimento do povo chinês”, declarou Ban em entrevista na sede das Nações Unidas à agência oficial chinesa “Xinhua”.

O secretário-geral da ONU é sul-coreano, e a península coreana sofreu como a China uma dura e longa ocupação militar, com vários abusos e crimes contra a humanidade cometidos por tropas japonesas.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, não comparecerá aos atos desta semana em Pequim e o Ministério de Relações Exteriores japonês expressou seu “profundo descontentamento” com a presença de Ban nos eventos da capital chinesa, segundo lembrou a “Xinhua”.

Sobre esta questão, Ban disse que leu essas informações e ressaltou que as celebrações atuais não são contra o Japão, mas procuram marcar o final do conflito mais grave sofrido pela humanidade.

“Todo o mundo está lembrando o 70º aniversário do final da Segunda Guerra Mundial, a mais trágica na história do ser humano, e ao mesmo tempo a fundação das Nações Unidas”, concluiu Ban. EFE

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