Ban Ki-moon pede que Israel se “contenha” e condena foguetes do Hamas
Ban Ki-moon (esq.)
Ban Ki-moon (esq.)O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta terça-feira a Israel que “contenha” seus ataques na Faixa de Gaza e que leve mais em conta a população civil, e condenou claramente os foguetes lançados de Gaza contra o território israelense.
“Reconheço a legitimidade que vocês têm de se defender, mas peço que se contenham em sua resposta”, disse Ban em um breve pronunciamento em Tel Aviv com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e que aconteceu em uma sala cheia de restos de foguetes palestinos e planos de túneis que o Hamas construiu na faixa.
Ban, que chegou hoje a Israel para tentar promover um cessar-fogo após 15 dias de intensos bombardeios mútuos, se absteve de condenar a ofensiva militar israelense em Gaza, mas condenou os lançamentos de foguetes palestinos.
“Enquanto falamos aqui, os foguetes que o Hamas e a Jihad Islâmica disparam continuam caindo em Israel. O vi com meus próprios olhos. Condenamos totalmente o ataque com esses foguetes e o uso de lugares civis com fins militares”, disse ao dar seu pêsame às famílias das vítimas israelenses.
E destacou que “muitas famílias, tanto palestinas como israelenses, estão enterrando seus filhos” por isso sua mensagem é: “Deixem de lutar e comecem a falar”.
“Tentem resolver as causas do conflito. Não há alternativa à solução de dois Estados. Vocês têm um futuro em comum”, disse Ban ao assegurar que não deixará de trabalhar até trazer a paz à região.
Mais de 600 palestinos e 30 israelenses morreram desde que Israel iniciou, em 8 de julho, a operação “Limite Protetor”, que foi ampliando até chegar à fase terrestre, no último dia 17, para tentar destruir os túneis escavados pelo Hamas e minguar sua capacidade ofensiva com foguetes.
Por sua vez, Netanyahu, que lembrou que Israel aceitou na semana passada a trégua feita pelo Egito, ao contrário do movimento islamita, destacou que o Hamas não é um interlocutor nem uma parte com a qual se possa construir um futuro.
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