Ban Ki-moon pede que países aprovem rascunho inicial sobre acordo climático

  • Por Agencia EFE
  • 11/12/2014 16h29
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Lima, 11 dez (EFE).- O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu nesta quinta-feira que os países que participam da cúpula climática de Lima (COP20), no Peru, aprovem um rascunho inicial de um acordo multilateral para ser assinado no próximo ano, em Paris.

“Temos várias tarefas para completar em Lima para obter um resultado justo e equilibrado. Os países têm que conseguir um projeto de texto que sirva de base clara e sólida para as negociações em Paris”, afirmou o secretário-geral.

Ban disse que está na hora de todos conversarem de maneira séria e que um documento oficioso não seria uma opção aceitável. Segundo ele, um texto de caráter oficial é o mínimo para que os países possam iniciar as conversas de maneira franca em fevereiro de 2015.

O secretário-geral afirmou que a cúpula climática realizada em setembro, em Nova York, teve dois objetivos: mobilizar a vontade política para se firmar um acordo universal em 2015 e catalisar as ações para reduzir a emissão de gases do efeito estufa.

Mais de cem chefes de governo responderam ao chamado da ONU na época e anunciaram compromissos ambiciosos. Alguns se traduziram em doações para o financiamento inicial do Fundo Verde de US$ 10 bilhões, explicou.

“Devemos atuar com urgência para não permitir que a temperatura do planeta cresça dois graus centígrados. Por isso, seus esforços são tão importantes”, indicou o secretário-geral.

Quanto maiores forem as ambições hoje, mais provável que os países estabeleçam compromissos mais firmes amanhã, acrescentou Ban.

Na abertura da reunião participaram também o presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), Rajendra Pachauri, o ex-presidente do México Felipe Calderón e o chefe do Executivo do Peru, Ollanta Humala.

A ação climática no período prévio a 2020 requer, como prioridade, o cumprimento das obrigações existentes na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática e no Protocolo de Kyoto.

É considerado como ponto-chave que os atores estatais e privados sigam identificando, ampliando em escala e avaliando o impacto de novas ações com alto potencial de mitigação das emissões de gases estufa.

O governo do Peru, país que preside a cúpula, se comprometeu a apoiar a necessária aceleração da resposta climática e dar reconhecimento a todos que colaborem contra as mudanças que se aproximam se nada for feito. EFE

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