Ban pede que governo ucraniano “desista do uso excessivo da força”
Nações Unidas, 19 fev (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta quarta-feira que a Ucrânia “cesse imediatamente o uso da violência da maneira mais enérgica” e que o governo “desista do uso excessiva da força”, após a intensificação dos confrontos que nas últimas horas deixaram 26 mortos.
Ban, que está acompanhando o desenvolvimento dos enfrentamentos entre autoridades, manifestantes e opositores “com crescente alarme”, depois de acontecerem ontem novos episódios de violência em Kiev.
Na manifestação, que reuniu milhares de pessoas rumo à Rada Suprema (o parlamento ucraniano) para pedir que se reestabeleça a Constituição de 2004, o que limitaria os poderes do presidente em favor do parlamento, 26 pessoas morreram e centenas ficaram feridas.
O que fez o secretário-geral apontar que “recorrer a essas medidas em ambas partes é totalmente inaceitável”.
Ban voltou a chamar a “imediata renovação de um diálogo genuíno e construtivo para resolver a profunda crise de política e segurança” e lembrou o governo ucraniano “da necessidade das autoridades de se ater as normas universais relativas aos direitos humanos”.
“As autoridades ucranianas devem atuar de maneira decisiva para chegar a um fim pacífico à crise, de modo que corresponda as reivindicações e as aspirações do povo ucraniano”, concluiu, depois que a União Europeia (UE) discutisse hoje a possibilidade de aplicar sanções econômicas e diplomáticas à Ucrânia.
França, Alemanha, Polônia, Áustria, Bélgica e Suécia apoiaram a aplicação de sanções, enquanto há outras delegações que mostraram uma reação mais morna e insistem em manter aberto o canal do diálogo com as autoridades ucranianas.
Após os incidentes em Kiev, os ministros de relações exteriores de França, Alemanha e Polônia viajarão amanhã para a capital da Ucrânia para conhecer a situação que vive a Ucrânia.
Além de Kiev, os enfrentamentos se espalharam para o oeste da Ucrânia, onde grupos de manifestantes atacaram sedes de administrações locais e do Estado, e queimaram viaturas policiais.EFE
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