Ban pede que violência seja evitada e democracia respeitada na Tailândia

  • Por Agencia EFE
  • 20/05/2014 15h34

Nações Unidas, 20 mai (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta terça-feira a todas as partes envolvidas na crise política na Tailândia que evitem a violência e respeitem os princípios democráticos, após a declaração da lei marcial pelo exército no país.

Ban, em comunicado de seu porta-voz, disse estar “acompanhando de perto” os eventos e lembrou que já há algum tempo chama todos os atores para “trabalharem juntos para conseguir uma saída ao conflito através do diálogo”.

“A forma de garantir a paz e a prosperidade na Tailândia é através do respeito total dos princípios democráticos e do compromisso com o processo democrático”, assinalou.

Neste sentido, Ban chamou “todas as partes a exercerem mais moderação, evitar qualquer violência e respeitar totalmente os direitos humanos”.

A reação do secretário-geral da ONU chegou depois de o chefe do exército tailandês, Prayuth Chan-Ocha, declarar na noite de segunda-feira a lei marcial para garantir “a paz e a ordem” e dissesse que obrigará às partes enfrentadas a negociar uma saída.

Prayuth disse em mensagem retransmitida por rádio e televisão que não se trata de um golpe de estado, mas de impedir que a violência exploda entre manifestantes pró e contra o governo.

A Tailândia viveu sete meses de manifestações contra o governo que deixaram 28 mortos e mais de 800 feridos.

O grupo pró-governo apoia o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto no golpe de Estado de 2006, e a oposição é liderada por Suthep Thaugsuban, vice-primeiro-ministro do Partido Democrata entre 2008 e 2011.

O governo e a oposição se mostraram complacentes com a intervenção militar, desde que a lei seja respeitada.

O primeiro-ministro interino, Niwattumrong Boonsongpaisan, também disse que impulsionará a realização de eleições em 3 de agosto. EFE

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