Banco acusa governo de comprar ações de baixa rentabilidade com dinheiro do Fies
O banco Morgan Stanley acusou o governo de comprar ações de baixa rentabilidade com o dinheiro do Fies, o fundo financiador da educação superior no país. O banco citou, por exemplo, que 47% da garantia do crédito educativo estão em ações do Banco da Amazônia e do Banco do Nordeste.
O relatório da instituição americana também aponta o crescimento da inadimplência como fatores de risco para a sobrevivência do Fies. E em entrevista a Paulo Pontes, o consultor financeiro Miguel Daoud adiantou que mais uma vez o trabalhador será chamado a pagar o pato.
A educadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Branca Jurema Ponce salientou que iniciativas como Fies e o Pró-Uni se voltam para o público menos abastado. A professora sugeriu que o governo tire dinheiro de outras rubricas do Orçamento e trate de ampliar os programas sob ameaça.
A regra do Fies permite que o estudante só comece a pagar o financiamento depois de ano e meio da formatura. Como a maior corrida a esses subsídios para pagamento a faculdades foi em 2010, é fácil prever o crescimento da inadimplência a partir de 2015.
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