Banco Central e Tesouro monitoram mercados após delações da JBS

  • Por Jovem Pan com Agência Brasil
  • 18/05/2017 09h42
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Divulgação Banco Central - divulgação

O Banco Central (BC) informou, em nota, nesta quinta-feira (18) que está monitorando o impacto das informações divulgadas pela imprensa e atuará para manter a plena funcionalidade dos mercados.

Nesta quarta, foi divulgada informação de que o empresário Joesley Batista, dono da JBS, teria gravado o presidente Michel Temer dando aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso em Curitiba, na Operação Lava Jato.

“Esse monitoramento e atuação têm foco no bom funcionamento dos mercados. Não há relação direta e mecânica com a política monetária, que continuará focada nos seus objetivos tradicionais”, disse o BC.

Ontem à noite, a Presidência da República divulgou nota na qual informa que o presidente Michel Temer “jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha”. A nota diz que o presidente “não participou nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar.”

Tesouro divulga nota

O Tesouro Nacional divulgou hoje (18) nota informando que “permanece monitorando os impactos decorrentes dos fatos políticos mais recentes, e adotará as medidas necessárias para assegurar a plena funcionalidade e a adequada liquidez dos mercados”.

Ações brasileiras caem no exterior

As ações brasileiras negociadas em Nova York caíram após notícias de que o empresário Joesley Batista, dono da JBS, teria gravado o presidente Michel Temer dando aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Para Leandro Ruschel, diretor da Liberta Global, escola internacional de investidores do Grupo L&S, Leandro Ruschel, essa movimentação sugere que haverá forte queda nas ações na Bolsa de Valores brasileira no pregão de hoje (18), além de forte alta no dólar.

De acordo com Ruschel, no after-market dos Estados Unidos, período de negociações após o horário regular do pregão, ações brasileiras apresentaram baixas de mais de 10%. O EWZ, fundo que reúne as principais ações brasileiras negociadas no exterior, fechou com uma queda de 14%, informou Ruschel.

Segundo o especialista, o mercado precifica o aumento “brutal” da incerteza com os desdobramentos dos fatos políticos brasileiros. Em relação à reforma da Previdência, que é uma condição necessária para equilibrar as contas públicas, com esse cenário fica inviável a aprovação, avaliou Ruschel.

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