Banco da Flórida anuncia primeiro acordo com Banco Internacional de Cuba

  • Por Agencia EFE
  • 22/07/2015 14h48

Miami, 22 jul (EFE).- O Banco Stonegate da Flórida anunciou nesta quarta-feira ter chegado a um acordo com o Banco Internacional de Comércio de Cuba para facilitar as operações financeiras de empresas e cidadãos americanos na ilha.

Em comunicado publicado hoje, a entidade americana explicou que o acordo, assinado ontem em Havana, “beneficiará as empresas americanas que desejarem fazer negócios em Cuba”.

Este acordo, que faz parte do processo de normalização das relações diplomáticas entre os dois países, é a continuidade do assinado em maio pelo governo cubano para a abertura de uma conta no Stonegate, com sede em Pompano Beach.

Com este acordo, o Stonegate se transforma no primeiro banco americano a assinar um acordo de correspondência com uma entidade financeira cubana em 54 anos.

Tanto a delegação dos Estados Unidos como a de Cuba consideravam crucial que antes da abertura das embaixadas houvesse um entendimento que permitisse operações financeiras entre os dois países.

“Este é mais um passo para a normalização das relações comerciais entre EUA e Cuba. A capacidade de movimentar dinheiro de forma fácil entre os dois países só fará aumentar o comércio e beneficiar as empresas americanas que desejarem fazer negócios em Cuba”, disse o presidente do banco Stonegate, David Seleski.

A normalização das relações entre os dois países teve um capítulo decisivo na segunda-feira, com a abertura das respectivas embaixadas em suas capitais, após seis meses e várias rodadas de diálogo entre as delegações.

Em 20 de maio o governo cubano abriu uma conta no Stonegate, banco voltado à gestão de investimentos e patrimônios, cuja principal missão é “ser reconhecido como o principal banco privado de negócios” na Flórida.

Até essa data, o governo cubano era obrigado a realizar suas transações financeiras em solo americano somente em dinheiro.

O Banco Internacional de Comércio de Cuba é uma entidade financeira que o governo estabeleceu para conduzir as relações bancárias internacionais com o resto do mundo, dificultadas em grande medida pela lei americana Helms-Burton, que pune empresas estrangeiras que fazem negócios com Cuba.

Esta lei, promulgada em 1996, reforçou o embargo comercial decretado em 1962, embora uma parte dessa legislação esteja suspensa, a que permite processar companhias estrangeiras que negociarem com propriedades confiscadas de americanos pelo governo de Cuba. EFE

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