Banco do Brasil anuncia medidas para estimular setor automotivo
São Paulo, 19 ago (EFE).- O Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira que desembolsará R$ 3,1 bilhões até o final de 2015 para ajudar a indústria automotiva, um dia depois que a Caixa Econômica Federal lançou uma linha de créditos a baixo custo para beneficiar o mesmo setor.
O montante apresentado pelo Banco do Brasil, maior entidade financeira do país, está dirigido a fornecedores estratégicos da indústria automotiva, que nos últimos meses sofreu uma queda das vendas como consequência do descenso da demanda interna e do aumento do desemprego.
O Banco do Brasil antecipará o dinheiro aos provedores a fim de que os empresários evitem recorrer a taxas mais elevadas de financiamento de capital de giro, segundo informou a entidade em comunicado.
O acordo foi assinado pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
De acordo com o presidente de Anfavea, Luiz Moan, a linha de financiamento está dirigida ao setor de autopeças e as montadoras atuarão como avalistas.
“Trabalharemos juntos com nossa rede de fornecedores para que o risco de financiamento seja extremamente baixo. O risco será das grandes empresas e dos juros serão mais atrativos para a cadeia automotiva”, ressaltou Moan.
O Banco do Brasil informou que a ajuda destinada à indústria automotiva poderá se estender a outros setores da economia e que a entidade poderá fornecer até um total de R$ 9 bilhões.
Na terça-feira, a Caixa Econômica Federal anunciou que outorgará uma linha de crédito de caráter público para o setor automobilístico, cuja produção caiu 15% em julho.
Esta linha de crédito oferecerá empréstimos de até cinco anos, a juros de 0,83% e com uma carência de seis meses para o início dos pagamentos.
Além disso, a entidade financeira porá à disposição créditos para a renovação da frota e para o financiamento da compra de maquinaria, tanto nova como usada.
Os benefícios lançados pelas entidades estatais ocorrem meses depois que o governo paralisou os descontos fiscais que o Executivo concedia há anos, o que piorou a situação de um setor assolado pela crise econômica do Brasil. EFE
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