Banco do Vaticano foi inspecionado no primeiro trimestre de 2014

  • Por Agencia EFE
  • 19/05/2014 09h55
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Cidade do Vaticano, 19 mai (EFE).- O Instituto de Obras de Religião (IOR), conhecido como banco do Vaticano, foi submetido a uma “primeira inspeção” durante os primeiros meses de 2014, informou nesta segunda-feira a Autoridade de Informação Financeira (AIF) da Santa Sé.

O diretor do organismo, criado em 2010 para vigiar a transparência financeira do Vaticano, Rene Brulhart, explicou nesta segunda-feira à imprensa os resultados da atividade da AIF nos últimos meses e citou à inspeção ao IOR.

“No trimestre inicial de 2014, a AIF realizou a primeira inspeção do IOR para verificar a aplicação das medidas tomadas para prevenir e lutar contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo”, disse Brulhart, informou a Santa Sé por meio de um comunicado.

A inspeção constatou um “progresso substancial” por parte do IOR nos últimos doze meses. Segundo a nota, a AIF colocará em prática um “plano de ação” para a “adaptação plena” dos dispositivos legais aprovados em outubro de 2013.

O Vaticano anunciou neste mês a adoção de normas para “transparência, vigilância e informação financeira”, com a quais procura prevenir atividades ilegais monetárias.

As leis dão continuidade ao decreto do governo e ao “motu proprio” (lei papal) do papa Francisco de 8 de agosto de 2013, quando se criou um comitê supervisor financeiro para a Santa Sé e o Estado do Vaticano.

O diretor da AIF disse que atualmente o Vaticano dispõe de “um sistema correto e equivalente em andamento para prevenir e combater o crime financeiro, e que cumpre os padrões internacionais”.

Brulhart disse que se constatou um “aumento notável” dos relatórios relativos a “transações suspeitas” em 2013, ano no qual se detectaram 202, frente aos seis do ano anterior, e argumentou que isso é consequência da entrada em vigor das novas normas.

Em cinco casos se transmitiu a informação ao Promotor de Justiça para que se faça uma investigação, acrescentou.

Brulhart considerou que isto reflete tanto o desenvolvimento do marco legal como “uma melhora substancial no comportamento operacional das entidades supervisadas em relação com a prevenção do crime financeiro”. EFE

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