Banco Mundial reduz suas perspectivas de crescimento para a China
Pequim, 29 out (EFE).- O Banco Mundial anunciou nesta quarta-feira a redução de suas perspectivas para o crescimento econômico da China, que ficará em 7,4% neste ano e 7,2% em 2015.
Já o crescimento previsto pelo BM para 2016 é ainda menor, de 7,1%, informou a entidade multilateral na apresentação da revisão de suas previsões para a China.
Anteriormente, o BM previu que China cresceria 7,6% este ano e 7,5% em 2015.
Por sua vez, o governo de Pequim prevê um crescimento econômico ao redor de 7,5% em 2015.
Os novos cálculos do Banco Mundial se baseiam no aumento dos esforços do governo chinês por reorientar sua economia para um ritmo de crescimento mais sustentável e equilibrado.
“Os esforços das políticas para controlar o crescimento do crédito, reduzir o excesso de capacidade, absorver os custos da poluição e tornar mais rígidos os limites orçamentários das autoridades locais se intensificaram em 2014”, comentou Karlis Smits, economista do BM e principal autora da revisão, apresentada hoje em entrevista coletiva.
Smits acrescentou que tais políticas do governo chinês “são bem recebidas e ajudarão a direcionar o crescimento para um caminho mais sustentável”.
O documento afirma que algumas medidas concretas de apoio à economia, junto com a recuperação da demanda externa, ajudaram a limitar a queda do crescimento chinês, mas destaca que a fragilidade do mercado imobiliário continua sendo um empecilho.
Chorching Goh, economista-chefe do BM para a China, acrescentou que “a chave no curto prazo estará no fortalecimento da disciplina financeira”, enquanto no médio prazo será necessário que o governo mantenha as reformas, o que o Executivo de Pequim garante que vai fazer.
Para o Banco Mundial, um elemento especialmente importante será que Pequim consiga transferir recursos de setores com excesso de capacidade e permita o desaparecimento de empresas ineficientes, inclusive estatais.
No entanto, adverte que para isso será necessário um cuidadoso equilíbrio para evitar um aumento do desemprego. EFE
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