Banda larga é maior desafio da infraestrutura no país, diz Dilma
A presidenta da República e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, disse hoje (9) que a expansão da banda larga é o maior desafio de infraestrutura no país. Segundo ela, a universalização da rede, no entanto, só deverá ocorrer se houver investimento de dinheiro público.
“Eu acredito que esse seja o maior desafio de infraestrutura que nós temos. E quero dizer que não acredito que ele possa ser feito sem dinheiro público. Dinheiro público que eu falo são duas coisas: Orçamento Geral da União, e financiamento subsidiado. Sem esses dois elementos não sai banda larga”, disse Dilma, antes de encontro com representantes de associações e entidades responsáveis pela campanha Banda Larga é um Direito Seu!
A candidata destacou, no entanto, que a expansão da rede de banda larga depende também do setor privado, mas que ele deverá estar sujeito às metas estipuladas pelo Poder Público. Ela sugeriu que a universalização seja baseada na legislação.
“Nós temos de fazer um grande esforço, esse é um esforço que vai contar muito com a participação do setor privado”, disse.
“A universalização é lei, lei para mim é pública, é obrigado a fazer e ponto. Se não fizer com meta clara, o prazo é tal, tem de dar tal velocidade, que não é só falar que chegou na sua casa, eu quero saber qual é a velocidade, qual é a capacidade, e como está sendo feita a conexão”, disse.
Questionada sobre mudanças em sua gestão, caso seja reeleita, Dilma disse que “todo governo novo terá uma equipe nova”, mas não adiantou o perfil dos novos membros. Ela ressaltou, no entanto, que o ponto fundamental de visão de seu governo não será alterado.
“Ele tem característica de cláusula pétrea. Nós temos um compromisso. Garantir que o Brasil tenha inclusão social, redução da desigualdade, mais emprego com desenvolvimento. E, ao mesmo tempo, seja um Brasil moderno, produtivo, competitivo. Agora, que ele seja inclusivo”, disse.
Ela disse também que, caso reeleita, deverá enfrentar condições bastante diversas daquelas que encontrou no primeiro mandato. “Eu tenho certeza que o segundo mandato, se porventura eu for eleita, terá condições conjunturais completamente diversas. Porque eu espero que a economia internacional se recupere, não acho que ela vá continuar andando de lado como está fazendo” disse.
A candidata ressaltou ainda que, mesmo com a crise, o país conseguiu investir e que não vê como objetivo imediato o pagamento da dívida pública.
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