Bangladesh volta a ter energia após blecaute geral

  • Por Agencia EFE
  • 02/11/2014 04h39
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Nova Délhi, 2 nov (EFE).- Bangladesh voltou neste domingo a ter energia elétrica após o blecaute geral de 10 horas que afetou quase todo o país asiático de 160 milhões de pessoas.

O blecaute aconteceu ontem às 11h30 (local, 2h30 em Brasília) após uma falha em um circuito em uma usina na cidade de Bheramara, de onde se importa energia da Índia e que está conectada à rede nacional.

A queda da linha que fornece energia a partir do país vizinho, inaugurada em 2013 com uma capacidade de 450 kw, causou falhas em cadeia em toda a rede nacional.

“O repentina falha na unidade de Bheramara provocou o colapso de toda a rede”, disse o ministro de Eletricidade e Energia, Nasrul Hamid, ao jornal local “The Daily Star”.

Com o corte, praticamente todo o país ficou as escuras, incluídos hospitais, aeroportos e edifícios institucionais como o palácio presidencial e a residencial oficial da primeira-ministra, que tiveram que recorrer a geradores elétricos.

As autoridades restabeleceram no meio da tarde o abastecimento em algumas partes da capital, Daca, e em outras zonas do país, mas uma nova falha provocou um novo blecaute geral.

Para recuperar o abastecimento foi necessário separar a linha Índia-Bangladesh da rede nacional.

Em torno das 7h30 de hoje a rede elétrica voltou a funcionar e ao redor de meia-noite 80% do país já contava com energia.

Não foram registrados incidentes graves no país, que sofre um grande déficit de energia, e onde os cortes são comuns e um terço da população nem tem acesso à eletricidade.

O setor têxtil, que emprega quatro milhões de trabalhadores movimenta US$ 21,52 bilhões, 79% das exportações de Bangladesh, foi afetado pelo blecaute, que interrompeu a produção em muitas fábricas.

“Estamos acostumados a cortes elétricos. Mas este blecaute não tem precedentes e só estamos preparados para lidar com quedas de duas ou três horas diárias”, disse o vice-presidente da Associação de Produtores e Exportadores de Têxteis, Shahidula Azim.EFE

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