Banqueiros da Suíça dizem que desvios financeiros não existem mais no país
Genebra, 9 fev (EFE).- A Associação Suíça de Banqueiros (ASB) não está preocupada pelas revelações sobre a existência de milhares de contas secretas na unidade suíça do banco britânico HSBC porque consideram que as más práticas desapareceram do setor financeiro do país.
“A praça financeira consertou suas práticas há anos”, afirmou o porta-voz da ASB, Thomas Sutter.
O jornal francês “Le Monde” e o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) começaram a publicar nesta segunda-feira a relação de nomes da chamada “Lista Falciani”, que inclui 130 mil clientes que entre 2006 e 2007 tinham contas secretas na Suíça.
Hervé Falciani, um técnico em informática franco-italiano que trabalhava na filial do HSBC de Genebra, furtou dados bancários de cerca de 130 mil clientes e os transmitiu para autoridades francesas, que, por sua vez, compartilharam a informação com outros países europeus.
Sutter acrescentou que foram feitos “esforços consideráveis” para que todos os bancos cumpram as normas, e ressaltou que as revelações se referem a ações antigas de um só banco.
“No entanto, as manchetes nunca são positivas a curto prazo”, disse Sutter.
Segundo as informações publicadas hoje, pelo HSBC teriam passado US$ 180 bilhões que teriam servido para a fraude fiscal, a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo internacional.
A “Lista Falciani” inclui traficantes de armas e de drogas, estrelas do esporte como Fernando Alonso, banqueiros proeminentes como Emilio Botin e modelos como Elle McPherson. EFE
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