BCE mantém empréstimos de emergência para os bancos gregos
Frankfurt (Alemanha), 28 jun (EFE).- O Banco Central Europeu (BCE) informou neste domingo que decidiu manter no nível atual os empréstimos de emergência para as entidades financeiras gregas e destacou que observa de perto a situação da Grécia.
O Conselho do BCE se reuniu hoje por teleconferência para decidir se manteria a liquidez para os bancos gregos, depois de as negociações entre a Grécia e seus credores (BCE, FMI e Banco Mundial) fossem interrompidas após o governo grego decidir convocar um referendo para votar a proposta de ajuda.
Em comunicado, a entidade monetária deu as boas-vindas “ao compromisso dos ministros dos Estados-membros da zona do euro de tomar todas as medidas necessárias para melhorar mais a resistência das economias da zona do euro e de estarem preparados para dar passos decisivos para fortalecer a União Econômica e Monetária”.
O BCE, afirmou, “trabalhará estreitamente com o Banco da Grécia para manter a estabilidade financeira”.
Dadas as atuais circunstâncias, o Conselho do BCE decidiu manter no nível estabelecido na sexta-feira a quantidade máxima de empréstimos que as entidades gregas podem pedir ao Banco da Grécia através do programa de fornecimento urgente de liquidez.
Esse valor máximo de empréstimos de emergência se aproxima dos 90 bilhões de euros.
Segundo a nota, “o conselho de governo está preparado para reconsiderar esta decisão”.
“Continuaremos trabalhando estreitamente com o Banco da Grécia e respaldamos fortemente o compromisso dos Estados-membros de atuar para enfrentar as fragilidades das economias da zona do euro”, ressaltou o presidente do BCE, Mario Draghi.
O governador do Banco da Grécia, Yannis Stournaras, disse que essa instituição, “como membro do Eurossistema, tomará todas as medidas necessárias para assegurar a estabilidade financeira dos cidadãos gregos nestas difíceis circunstâncias”.
“O conselho de governo observa de perto a situação nos mercados financeiros e as implicações para a política monetária e para o equilibro de riscos face à estabilidade de preços na zona do euro”, acrescentou o BCE.
O Banco Central Europeu insistiu que está determinado a usar todos os instrumentos disponíveis dentro de seu mandato. EFE
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