BCE mantém taxas de juros em 0,25% apesar de inflação baixa
Frankfurt (Alemanha), 8 mai (EFE).- O Banco Central Europeu (BCE) manteve nesta quinta-feira as taxas de juros na zona do euro no mínimo histórico de 0,25%, apesar da inflação se encontrar em um nível muito baixo.
A instituição informou em Frankfurt, embora sua reunião tenha ocorrido em Bruxelas (Bélgica), que também manteve a facilidade marginal de crédito, pela qual empresta dinheiro aos bancos durante um dia, em 0,75%.
Além disso, deixou a facilidade de depósito, que remunera depósitos overnight em bancos centrais nacionais, em 0%.
O Banco da Inglaterra deixou inalterada sua taxa de juros em 0,5% e manteve o volume de compra de ativos.
A maior parte dos analistas previa que o BCE não atuaria mas acreditam na possibilidade de mudanças em junho.
A aceleração da recuperação econômica e os primeiros sinais de melhora no crédito compensaram a baixa taxa de inflação, que se situa abaixo das expectativas, segundo analistas do banco UniCredit.
A inflação anualizada aumentou em abril 0,2%, até 0,7% no conjunto da zona do euro, em relação ao mês anterior.
A força do euro, negociado a cerca de US$ 1,39, mantém a inflação baixa e prejudica as exportações de várias empresas europeias.
Draghi ignorou as advertências de deflação de alguns organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), e líderes como o presidente francês, François Hollande.
O economista disse que o BCE se sente “cômodo” para “atuar na próxima vez” contra a baixa inflação, uma vez tenha analisado as novas previsões no início do mês que vem.
“Não estamos satisfeitos com o caminho da inflação, e portanto há um consenso em não nos resignar, em não aceitá-lo como um fato ineludível”, disse Draghi.
“Isto nos leva a um consenso para atuar, mas após ver as projeções que serão publicadas no início de junho”, disse Draghi na entrevista coletiva posterior ao conselho de governo do organismo.
Draghi demonstrou preocupação com a força do euro frente a outras divisas, devido ao seu efeito na inflação e no crescimento econômico, e advertiu que será preciso atuar.
“A taxa de câmbio é causa de grande preocupação para o objetivo da estabilidade dos preços e portanto é preciso enfrentar esta preocupação”, afirmou. EFE
aia/dk
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