BCE prevê que inflação continue no nível atual e descarta deflação

  • Por Agencia EFE
  • 16/01/2014 11h45
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Frankfurt (Alemanha), 16 jan (EFE).- O Banco Central Europeu (BCE) prevê que as taxas de inflação anualizada se mantenham nos níveis atuais nos próximos meses e descarta deflação no conjunto da zona do euro.

Em seu boletim mensal divulgado nesta quinta-feira, o BCE afirmou ainda que “espera que as pressões inflacionárias subjacentes permaneçam contidas a médio prazo”.

Segundo a instituição, as expectativas de inflação a meio e longo prazo na zona do euro continuam com o objetivo de manter as taxas de inflação abaixo de 2% e próximo a esse índice.

Os riscos para as perspectivas de evolução dos preços estão, em geral, equilibrados a médio prazo, acrescentou o relatório.

O BCE lembrou que a inflação anualizada da zona do euro desceu para 0,8% em dezembro de 2013, contra o 0,9% de novembro, após uma menor taxa de crescimento anualizado dos preços dos serviços.

A instituição europeia manteve na semana passada sua taxa de juros no mínimo histórico de 0,25%.

O presidente do BCE, Mario Draghi, disse que o organismo está preparado para atuar caso piorem as perspectivas para a inflação mas descartou que vá ocorrer uma deflação no conjunto da zona do euro.

Já o presidente do Bundesbank (Banco Central da Alemanha), Jens Weidmann, que é membro do conselho do BCE, afirmou hoje em Berlim que só existe “um risco limitado de deflação” e que os temores de uma alta da inflação a médio prazo e de uma redução dos preços não são justificados.

Weidmann disse que as expectativas de inflação a longo prazo estão firmemente ancoradas em 2% e que a baixa taxa de inflação da zona do euro foi causada pelas reformas e programas de economia dos países em crise.

Na Alemanha, a inflação caiu em 2013 cinco décimos, até 1,5%, nível mais baixo desde 2010. Em dezembro, a taxa subiu um décimo em relação ao mês anterior, até 1,4%,

A alta dos preços na maior economia da zona do euro se afasta do objetivo do BCE, mas em outros países da zona do euro a situação é de deflação.

O BCE desceu em novembro do ano passado as taxas de juros em 0,25% depois que a inflação da zona do euro caiu até 0,7%.

O BCE garantiu que suas taxas de juros oficiais ficarão nos níveis atuais ou inferiores durante um período prolongado.

Os indicadores de confiança baseados em pesquisas até dezembro seguiram melhorando de níveis baixos e apontam para uma continuação da recuperação gradual da atividade econômica, segundo o boletim.

Para 2014 e 2015, o BCE espera que o Produto Interno Bruto (PIB) se recupere a um ritmo lento, devido a uma certa melhora da demanda interna apoiada pela orientação expansiva da política monetária.

O PIB real da zona do euro aumentou no terceiro trimestre 0,1% em termos intertrimestrais, após o avanço de 0,3% registrado no segundo trimestre. EFE

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