Bélgica amanhece paralisada por greve geral contra medidas de austeridade
Bruxelas, 15 dez (EFE).- A Bélgica amanheceu nesta segunda-feira paralisada por uma greve geral em protesto pelas medidas de austeridade que o novo governo liberal quer implementar, como o atraso da idade de aposentadoria e a paralisação da indexação salarial anual.
As ações de protesto, que começaram na noite do domingo e durarão 24 horas, abrange todos os transportes públicos e diversos setores da economia.
O espaço aéreo da Bélgica está fechado, informou a Agência Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (Eurocontrol), e todos os voos da Brussels Airlines foram cancelados.
O aeroporto internacional de Zaventem pediu aos seus usuários que não tentem chegar no aeroporto, enquanto o de Charleroi, ao sul de Bruxelas, também se encontra bloqueado e nenhum voo parte ou aterrissa pois a empresa pública que administra o controle aéreo local, Belgocontrol, somou-se à mobilização.
O serviço de trens da companhia nacional ferroviária belga SNCB, assim como a rede de metrô, ônibus e bonde das principais companhias de transporte estão paralisados.
Os hospitais estão realizando serviços básicos, como consultas marcadas e emergência.
A maior parte das escolas do país e os tribunais estão fechados, e serviços como Correios e a coleta de lixo também não funcionam normalmente.
Até mesmo a imprensa está oferecendo apenas boletins de noticias e suspenderam edições impressas.
A presença de piquetes se concentra nas zonas industriais como Charleroi, onde foram instaladas barreiras.
Em 6 de novembro foram realizadas uma série de greves regionais e a uma manifestação que terminaram em confronto e dezenas de feridos.
A coalizão governamental, que assumiu em 11 de outubro, é formada pelo partido liberal francófono MR, liderado por Charles Michel, e três legendas flamengas (os nacionalistas do N-VA, os democratas-cristãos do CD&V e os liberais Open VLD). EFE
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