Berlim aumenta em 1,5 milhão de euros ajuda humanitária para norte do Iraque

  • Por Agencia EFE
  • 10/08/2014 09h41

Berlim, 10 ago (EFE).- O governo alemão destinará outros 1,5 milhão de euros para ajuda humanitária no norte do Iraque, que se somam aos 2,9 milhões anunciados na sexta-feira perante a dramática situação das minorias acossadas pelos jihadistas do “Estado Islâmico” (EI).

Assim anunciou neste domingo o ministro alemão de Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, na edição digital do jornal “Süddeutsche Zeitung”.

“Há centenas de milhares de deslocados, foragidos das milícias do EI e concentrados no Curdistão iraquiano. Temos que ajudar essas pessoas”, afirmou o ministro, que disse estar em contato com as autoridades locais para possibilitar o acesso da ajuda humanitária.

Steinmeier expressou seu respaldo aos ataques aéreos lançados pelos Estados Unidos para tentar conter o avanço jihadista e lembrou o perigo que o EI representa não só para as minorias religiosas e étnicas do norte do Iraque, mas para o conjunto da região.

O ministro alemão insistiu, por outro lado, que a estabilização do Iraque só será possível através de um governo em que estejam representados todos os grupos étnicos e com capacidade para conter o terror do EI.

Até agora, Berlim limitou sua contribuição perante a crise suscitada pelo avanço jihadista à ajuda humanitária, enquanto desde as fileiras conservadoras da chanceler Angela Merkel surgem pronunciamentos a favor de um maior compromisso.

O presidente da Comissão das Relações Exteriores do parlamento, Norbert Röttgen, da União Democrata-Cristã de Merkel, pressionou hoje o Executivo da chanceler a abandonar sua “passividade” para ativar uma ação conjunta desde a União Europeia (UE).

Cerca de seis mil yazidis se manifestaram ontem na cidade alemã de Bielefeld (centro do país) para denunciar o que qualificam de “genocídio” praticado pelos jihadistas no norte do Iraque.

Calcula-se que na Alemanha vivem cerca de 90 mil yazidis, em sua maioria curdos procedentes da Turquia. EFE

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