Berlim diz que Atenas deve atuar perante as instituições
Berlim, 24 jun (EFE).- O governo alemão afirmou nesta quarta-feira que, após a “generosa disposição” mostrada pelas instituições credoras, a Grécia deve apresentar uma proposta que permita chegar a um acordo que inclua o Fundo Monetário Internacional.
“Depois que as três instituições mostraram amplamente, com uma postura comum, sua generosa disposição com a parte grega, parto da base que agora a Grécia deve atuar”, declarou o porta-voz de Finanças alemão, Martin Jäger, em entrevista coletiva.
Segundo lembrou, o Eurogrupo, que tem “expectativas realistas” sobre a reunião de Berlim de hoje, não conseguiu na segunda-feira chegar a nenhuma solução e constatou de forma unânime que “as propostas da Grécia não eram um ponto de partida e que era preciso seguir conversando”.
“Viajamos agora a Bruxelas para continuar com estas conversas, mas nossa sensação é que ainda resta muito caminho pela frente. É evidente que ainda não há nenhum acordo, senão o encontro desta tarde não seria necessário”, acrescentou o porta-voz.
Jäger lembrou que as três instituições -FMI, Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE)-, reunidas com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, em Bruxelas, baseiam sua postura comum na declaração do Eurogrupo de 20 de fevereiro.
“As três instituições trabalham conjuntamente e no final só poderá haver um solução que seja apoiada pelas três instituições e isto vale especialmente para o FMI”, ressaltou.
Frente aos rumores que apontam para uma possível saída desse organismo do acordo com a Grécia, fontes do Executivo alemão insistiram que “não é imaginável” uma solução à atual crise sem a participação do FMI, também do ponto de vista financeiro.
O porta-voz do Executivo, Steffen Seibert, ressaltou que a postura do governo alemão não mudou e lembrou que são as três instituições que devem julgar e avaliar as propostas de Atenas, o que servirá de base para uma decisão do Eurogrupo.
À espera de um eventual acordo e da reunião do Eurogrupo, Berlim não descarta que possa ocorrer uma nova reunião dos chefes de Estado e do governo da zona do euro no marco do Conselho Europeu que começa amanhã em Bruxelas. EFE
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