Berlim ratifica que não reconhecerá referendo do leste da Ucrânia
Berlim, 12 mai (EFE).- O governo alemão não reconhecerá o referendo realizado ontem, domingo, no leste da Ucrânia, que considera ilegítimo, assim como fez com a consulta que levou à anexação da Crimeia pela Rússia.
O porta-voz do governo, Steffen Seibert, ratificou hoje a rejeição do Executivo da chanceler Angela Merkel a essa consulta e insistiu que “essas votações não podem nem vão ser aceitas pela comunidade internacional”.
O referendo realizado ontem nas regiões de Donetsk e Lugansk (sudeste) “violam claramente” a Constituição ucraniana, disse Seibert.
Além disso, acrescentou, as condições em que foi realizado “o assim chamado referendo” não cumprem os padrões mínimos internacionais de transparência eleitoral.
O porta-voz insistiu sobre a “grande relevância” que o governo de Merkel dá à realização das eleições na Ucrânia, previstas para 25 de maio.
Em seu encontro com o presidente francês, François Hollande, no sábado passado, os líderes do eixo franco-alemão advertiram Moscou de que se não cooperar para realizar eleições que consideram democraticamente “incontestáveis”, precisará enfrentar sanções econômicas.
Seibert pressionou, ainda, as partes envolvidas no conflito da Ucrânia a iniciarem um “diálogo nacional”. EFE
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