Berlim suspense uso do A400M até que causas de acidente sejam conhecidas

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 16h04
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Berlim, 11 mai (EFE).- O governo da Alemanha esperará que as autoridades espanholas esclareçam as causas do acidente do A400M do último sábado para tomar suas medidas, embora descarte distanciar-se totalmente do projeto deste avião de transporte militar.

O porta-voz do Ministério da Defesa alemão, Uwe Roth, explicou nesta segunda-feira em entrevista coletiva que, como medida preventiva, o único A400M que o exército alemão possui – que ainda está em fase de testes – permanecerá em terra até que o motivo do acidente seja revelado.

A determinação só será suspensa uma vez que se “apresentem provas indubitáveis sobre as causas do acidente”, acrescentou o porta-voz, que disse que as autoridades espanholas estão a cargo da investigação, com a ajuda do fabricante, o consórcio europeu Airbus.

A este respeito, durante uma visita de trabalho a Israel, a ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyen, ofereceu ajuda às autoridades espanholas para a investigação do acidente.

“Oferecemos nossos conhecimentos para poder avançar na solução dos problemas. É de nosso próprio interesse”, afirmou a ministra.

O porta-voz do Ministério da Defesa descartou que Berlim tenha um plano B caso os problemas de fabricação do A400M se agravem. Roth afirmou que o projeto tem um “grande significado” para a Alemanha e que, por enquanto, não estudam mudanças na estratégia para substituir completamente sua frota de aviões de transporte militar.

O fabricante deve entregar cinco aparelhos A400M este ano à Alemanha, que, por sua vez, pretende começar a substituir sua frota de 53 “Transall”, aeronaves de fabricação nacional em funcionamento desde os anos 70.

A Alemanha se comprometeu a comprar 53 aviões deste modelo, cuja montagem final é feita em Sevilha, na Espanha, e em dezembro recebeu o primeiro, que tem pouco mais de 50 horas de voo.

Roth lembrou que a Alemanha constatou “grandes carências” no único A400M recebido pela Alemanha e que trabalha com Airbus para saná-las. EFE

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