Berlusconi sente “sintonia” com Renzi porque não é da “escola comunista”
Roma, 14 fev (EFE).- O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse nesta sexta-feira que sente “empatia” e “sintonia” com Matteo Renzi, secretário-geral do Partido Democrata (PD) e, provavelmente, próximo chefe do Executivo da Itália, porque não pertence à “escola comunista”.
Berlusconi fez estas afirmações durante o ato de encerramento da campanha eleitoral de seu correligionário Ugo Cappellacci, candidato do Forza Itália (FI) a governador da região da Sicília.
“Sinto empatia por Matteo Renzi porque é uma pessoa inteligente e, além disso, não é de escola comunista. Quando, em uma ocasião, nos encontramos em Cagliari (sul da Itália), expressei meus desejos que mude seu partido”, comentou.
Renzi é criticado na Itália por ter se reunido com o magnata para modificar a lei eleitoral italiana no último dia 18 de janeiro e por ter “ressuscitado” um “cadáver político”, já que Berlusconi foi expulso do Senado no último dia 27 de novembro.
No entanto, o ex-primeiro-ministro ironizou o fato de que Letta tenha sido derrubado por um “prefeito de cidade pequena”, em alusão a Florença, atualmente gerida por Renzi.
“O governo de Letta parecia eterno, até que o secretário de seu partido decidiu retirar-lhe a confiança. Tudo isto decidido por um prefeito de uma cidade pequena que, sim, é bonita, mas que não chega a 500 mil habitantes”, declarou.
Além disso, durante seu discurso, Berlusconi se orgulhou de ser “o último primeiro-ministro eleito pelas urnas”, um dia depois da renúncia do chefe do Executivo, Enrico Letta.
“Sou o último primeiro-ministro que foi eleito pelo povo italiano (…) Uma pesquisa me dava 75.3% dos votos e agora a magistratura e o PD se reuniram para idealizar um plano para excluir-me politicamente”, concluiu. EFE
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