Biden chega à Ucrânia para respaldar Kiev frente às milícias pró-russas

  • Por Agencia EFE
  • 21/04/2014 12h25

Kiev, 21 abr (EFE).- O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou nesta segunda-feira à capital ucraniana para respaldar às autoridades locais frente à ação das milícias pró-russas no leste do país.

Biden chega à capital ucraniana depois que um tiroteio na região insurgente de Donetsk, ocorrido ontem, aumentasse novamente a tensão entre Kiev e Moscou, que nas últimas trocaram uma série de acusações sobre a ruptura da trégua declarada em ocasião da Páscoa ortodoxa.

O vice-presidente americano se reunirá amanhã com o presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, e com o primeiro-ministro, Arseni Yatseniuk, com os quais devem abordar a instável situação econômica do país, além dos avanços em matéria de reforma constitucional e descentralização administrativa, duas das principais reivindicações dos pró-russos.

O Departamento de Estado americano também advertiu hoje as autoridades de Moscou sobre as consequências do não cumprimento das definições alcançadas na última quinta-feira em Genebra, onde Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e União Europeia aprovaram um documento para estabilizar a situação no país.

Neste aspecto, a Rússia se comprometeu a persuadir as milícias pró-russas a baixar suas armas e desocupar os edifícios públicos em várias cidades do leste do país, a maioria russoparlante.

No entanto, os pró-russos seguem sem entregar suas armas, instalados nas Prefeituras de Donetsk e de Slaviansk. Além de não acatar o definido no encontro citado, os manifestantes continuam impondo condições inaceitáveis para a Ucrânia, como o desmantelamento do Maidan (coração dos protestos em Kiev).

Na última quinta-feira, o próprio presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reconheceu que não é possível “estar seguro” que a Rússia cumprirá os termos do acordo para contribuir com a “restauração da ordem” no país vizinho.

O presidente ucraniano afirmou hoje que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, possuí a clara intenção de “destruir a Ucrânia independente”.

Por sua parte, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou Kiev de descumprir os acordos de Genebra de maneira flagrante, já que, segundo ele, “muitos dirigentes políticos do sudeste da Ucrânia continuam presos”. EFE

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