Biden diz que EUA apoiarão governo iraquiano contra ataques

  • Por Agencia EFE
  • 17/06/2014 15h12

Brasília, 17 jun (EFE).- Os Estados Unidos ajudarão o governo do Iraque diante dos ataques que ameaçam o país do Oriente Médio, disse nesta terça-feira o vice-presidente americano, Joseph Biden, em declarações dadas em sua visita a Brasília sobre os avanços de militares jihadistas.

“Os Estados Unidos apoiam o governo iraquiano e as comunidades iraquianas em suas lutas. Nas últimas semanas, conversamos com vários países amigos, inclusive sobre uma possível ajuda urgente para enfrentar as atuais ameaças”, disse Biden após uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer.

O governo americano admitiu na véspera que estuda algumas opções de resposta à crise no Iraque, entre elas a possibilidade de ataques aéreos com aviões não tripulados para deter o avanço dos jihadistas.

O presidente dos EUA, Barack Obama, descartou na semana passada a possibilidade de enviar tropas a um combate direto no Iraque, onde o grupo jihadista do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) assumiu o controle de várias áreas do norte do país, entre elas a segunda maior cidade do país, Mossul.

“Qualquer ajuda dos EUA terá o objetivo de garantir que todos os iraquianos possam viver juntos e em paz. O essencial é que os iraquianos possam trabalhar juntos para derrotar o inimigo”, destacou o vice-presidente americano.

Biden anunciou o apoio ao Iraque após um novo ataque armado na fronteira com a Síria na província de Al-Anbar. O local é de maioria sunita e cujo controle é disputado por tropas iraquianas e o EIIL, grupo que também combate o regime de Bashar al Assad na Síria.

O EIIL, que pretende criar um emirado islâmico no Iraque e na Síria, ameaçou dar sequência às “conquistas” avançando em direção a Bagdá e às cidades santas xiitas de Karbala e Najaf, no sul do Iraque.

O vice-presidente dos EUA, que ontem assistiu na cidade de Natal à vitória da seleção de seu país sobre a de Gana por 2 a 1 pela Copa do Mundo, visitou Brasília para tentar recompor a relação bilateral após o escândalo de espionagem tornado público pelo ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden.

A visita representa o primeiro contato oficial e de alto nível entre os dois governos desde que Snowden revelou, em meados de 2013, o alcance da espionagem da NSA no Brasil, que incluiu a intercepção de comunicações da presidente. EFE

ed-cm/dr

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.