Biden e Erdogan consideram avanço dos sunitas no Iraque uma “grave ameaça”
Washington, 23 jun (EFE).- O vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, manteve nesta segunda-feira uma conversa telefônica com o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, na qual ambos coincidiram em qualificar como uma “grave ameaça” o avanço extremista sunita no Iraque, informou a Casa Branca em comunicado.
Biden destacou durante sua conversa com Erdogan que os Estados Unidos “deploram” as ações dos insurgentes sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isis, sigla em inglês) e solicitou a libertação imediata de todos os reféns turcos, incluídos o pessoal diplomático e os civis capturados pelos radicais.
O primeiro-ministro turco reafirmou hoje que sua prioridade é resgatar, sãos e salvos, os 80 reféns turcos – 49 funcionários do consulado em Mossul e 31 caminhoneiros que trabalhavam na mesma cidade – que foram sequestrados na quarta-feira da semana passada.
Erdogan não confirmou o sequestro de outros 15 cidadãos turcos em Mossul, mas garantiu que acompanha o assunto muito de perto, por isso uma delegação turca se deslocou para o norte do Iraque.
Além disso, o consulado turco na cidade iraquiana de Basra está sendo esvaziado, acrescentou o chefe de governo turco.
Biden e Erdogan também conversaram sobre a situação na Síria e concordaram que são necessárias consultas adicionais sobre o tema.
Por sua vez, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, exigiu nesta segunda-feira em Bagdá a formação de um governo que represente todos os iraquianos para impedir o avanço dos insurgentes.
Em uma visita surpresa à capital iraquiana, Kerry analisou com o primeiro-ministro do país, Nouri al Maliki, o controle rebelde de algumas províncias e o processo de formação do novo Executivo, após as eleições legislativas do dia 30 de abril. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.