Bill Clinton acusa republicanos e imprensa de inflar polêmica contra Hillary

  • Por Agencia EFE
  • 27/09/2015 21h21

Washington, 27 set (EFE).- O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, acusou a oposição republicana e a imprensa de exagerar o chamado “escândalo dos e-mails”, que minou nas enquetes a popularidade de sua esposa, Hillary Clinton, como candidata à indicação democrata para a Casa Branca em 2016.

Em entrevista transmitida neste domingo pela emissora “CNN”, Clinton criticou o “ataque frontal em grande escala” de que foi alvo, em sua opinião, a ex-secretária de Estado.

“E então o assunto dos e-mails se transformou na maior história do mundo”, ressaltou o ex-presidente, que governou os EUA entre 1993 e 2001.

“De fato, me impressiona que ela tenha suportado tão bem como fez. Mas nunca vi tanta dedicação a algo tão pequeno. Confio no povo. Acredito que tudo terminará bem”, acrescentou.

O ex-chefe de Estado lamentou também que a imprensa não se ocupe das propostas eleitorais de Hillary e se concentre em polêmicas.

Neste ano, Hillary Clinton se viu envolvida em uma polêmica quando se preparava para lançar sua candidatura presidencial com a revelação de que tinha utilizado sua conta de e-mail privada para assuntos de interesse nacional enquanto era secretária de Estado.

A oposição republicana exigiu a divulgação das comunicações que Hillary teve a partir de sua conta particular e que poderiam afetar à segurança do país.

Em resposta às reivindicações dos republicanos e da própria Hillary, no último mês de maio o Departamento de Estado divulgou cerca de 300 mensagens, em sua maioria relativas ao atentado contra o consulado dos EUA em Benghazi (Líbia) em 2012.

Em julho também foram publicas outras 3.000 páginas de 1.900 mensagens da ex-secretária de Estado, e em agosto foram divulgadas 7.000 novas páginas de e-mails, entre os quais se destaca um enviado ao fundador do Wikileaks, Julian Assange.

Na sexta-feira passada, o Departamento de Estado informou que obteve uma nova série de e-mails que a pré-candidata presidencial não tinha fornecido anteriormente.

Trata-se das mensagens trocadas com o então comandante do Comando Central dos EUA, o general David Petraeus, durante suas primeiras semanas como secretária de Estado, em janeiro e fevereiro de 2009.

Hillary, que lamentou publicamente várias vezes ter usado um servidor privado, admitiu hoje que sua campanha se viu prejudicada pelo “gotejamento” da polêmica.

Segundo uma pesquisa divulgada hoje pelo jornal “The Wall Street Journal” e pela emissora “NBC News”, Hillary continua sendo a pré-candidata democrata favorita para as eleições presidenciais de 2016, com um apoio de 42%, seguida do senador por Vermont, Bernie Sanders (35%).

No entanto, Hillary vem cedendo terreno desde junho, quando uma pesquisa similar lhe dava uma vantagem de 60 pontos sobre Sanders. EFE

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