Blecaute atinge 80% do Paquistão em plena crise energética

  • Por Agencia EFE
  • 25/01/2015 08h07
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Islamabad, 25 jan (EFE).- O Paquistão recupera neste domingo, paulatinamente, a provisão de eletricidade depois que uma falha no sistema deixou o país as escuras desde a última hora de ontem em plena crise energética do sexto país mais povoado do mundo, com 182 milhões de habitantes.

Cerca de 80% do Paquistão ficou sem eletricidade pouco antes da meia-noite local no quarto corte em massa sofrido neste mês, enquanto o combustível necessário para as centrais que geram a energia ficam cada vez mais escassos, em um falha que inicialmente foi atribuída a um atentado de um grupo separatista, informaram meios de comunicação locais.

Segundo um porta-voz do Ministério de Água e Energia paquistanesa, três estações da rede elétrica foram paralisadas após uma falha na rede elétrica, informou a televisão local “GeoTV”.

O corte se originou em linhas de distribuição da central térmica de Guddu, na sulina província de Sindh onde se encontra Karachi, a maior cidade e capital financeira do país, que é uma das áreas urbanas mais povoadas do mundo com mais de 20 milhões de habitantes.

A rede nacional de distribuição se viu afetada ao ter que se desconectar de outras centrais para evitar um corte em cadeia, o que deixou às escuras a maior parte do país, incluída a capital Islamabad.

Fontes policiais indicaram que uma bomba colocada supostamente por insurgentes em instalações de transmissão na província sulina de Baluchistão provocaram uma falha na linha local, embora fontes oficiais não precisaram se a interrupção geral se deveu a este atentado.

Após o corte geral, o primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, ordenou medidas para resolver a emergência.

O país foi recuperando a provisão e só algumas poucas zonas seguem ainda sem eletricidade, segundo recolhe a edição digital do jornal “Dawn”.

A demanda de eletricidade no país aumentou em pleno inverno até os 14 mil megawatts, enquanto a produção reduziu até os 7 mil nas últimas semanas, em meio a uma crise de provisão de combustível que obrigou muitos postos de gasolina a fechar.

A crise começou após um aumento na demanda de carburantes após a redução de preços decretada no começo do ano pelo governo, que culpou as empresas petrolíferas de não contar com as reservas mínimas requeridas legalmente para abastecer o país durante 20 dias, embora as companhias tenham negado.

Em 1º de janeiro, entraram em vigor no Paquistão os novos preços dos carburantes, como parte das medidas do Executivo de Sharif para baratear o custo da vida. EFE

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