BNDES é analisado como prioridade para estimular economia

  • Por Estadão Conteúdo
  • 18/05/2016 13h13
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A CPI do BNDES realiza audiência pública para ouvir o presidente da instituição, Luciano Coutinho (Antonio Cruz/Agência Brasil) Antonio Cruz/Agência Brasil Luciano Coutinho

Com a sucessão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em curso, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, elogiou publicamente, na manhã desta quarta-feira (18), a gestão do economista Luciano Coutinho à frente da instituição de fomento. 

“Quero registrar aqui que, para nós, brasileiros, o trabalho do Coutinho e sua equipe é uma honra, um orgulho, que transformou o BNDES numa instituição modelar”, afirmou, na abertura de um encontro de bancos de fomento da América Latina e do Caribe, no Rio. 

Segundo Jucá, o BNDES será importante para “os passos que o governo Temer quer dar”. “O BNDES tem papel destacado no movimento que faremos a favor do País”, cravou o peemedebista. 

Na última segunda-feira (16), o presidente em exercício anunciou o nome da economista Maria Silvia Bastos Marques, ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), para o comando do BNDES. Ela será a primeira mulher a presidir o banco e a receber um cargo de peso no atual governo.

Na saída da reunião plenária do encontro, Luciano Coutinho, timoneiro do banco até então, elogiou sua sucessora. “É uma pessoa que tem todas as credenciais, perfil técnico e experiência”, pontua. Segundo ele, ainda não foram marcadas reuniões de transição com a futura presidente, mas a gestão está preparada para passar informações da maneira “mais eficiente e breve o possível”.

O ainda presidente destacou que, na sua gestão, o BNDES conseguiu contribuir para a elevação da taxa de investimento. “O banco foi importante nesse esforço de investir mais em infraestrutura, em inovação”, finalizando “Tentamos com muito empenho trabalhar em conjunto com o mercado de capitais, o ciclo de juros não ajudou, mas tenho certeza de que, num futuro próximo, será uma agenda importante”.

Para o economista, focar o BNDES na concessões de infraestrutura, como o governo Temer vem sinalizando, é o papel “natural” dos bancos de desenvolvimento. “São as entidades que têm funding de longo prazo e capacidade de oferecer crédito pelo mesmo período”.

Desde terça-feira, o executivo teve sucessivos encontros com o ministro do Planejamento, Romero Jucá, cuja pasta recebeu o BNDES com a reforma administrativa feita pelo presidente Temer. Os dois se encontraram antes de participar do XXVIII Fórum Nacional, na sede do BNDES e, à noite, juntaram-se a um jantar do evento de bancos de fomento latino-americanos. Na manhã desta quarta (18), voltaram a se reunir antes da abertura do evento.

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